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Vice-presidente da Shein oferece US$ 1 milhão de recompensa por Evo Morales

Empresário e desafia governo boliviano a capturar ex-presidente, alvo de mandado de prisão

Vincenzo Calcopietro
Vincenzo Calcopietro

Redator na Exame

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 07h42.

Marcelo Claure, CEO do Grupo Claure e vice-presidente da Shein, anunciou uma recompensa de US$ 1 milhão pela captura do ex-presidente da Bolívia Evo Morales, que enfrenta um mandado de prisão no país.

O anúncio foi feito neste sábado, 8, pelo empresário em sua conta no X (antigo Twitter). Claure também desafiou o presidente boliviano Luis Arce a tomar medidas contra Morales.

“O governo @LuchoXBolivia (perfil de Arce na plataforma) vai capturá-lo ou suas pernas estão tremendo?”, escreveu Claure.


O ex-presidente Morales rebateu as declarações e classificou o empresário como "louco ou tolo", segundo o jornal La Razón. Apesar do mandado, Morales continua na Bolívia e mantém atuação política ativa. Ele é investigado desde janeiro sob suspeita de ter um filho com uma menor de idade e por suposta ligação com ataques à polícia promovidos por grupos aliados.

Claure, que tem dupla cidadania boliviana e americana, passou a se envolver mais diretamente na política do país. Ele encomendou pesquisas eleitorais e declarou apoio a um candidato de direita para derrotar o partido socialista MAS, legenda de Morales e Arce.

A crise política e econômica na Bolívia

A Bolívia atravessa uma crise econômica e política nos últimos anos. O ministro das Finanças, Marcelo Montenegro, afirmou que, em 2024, o país registrou um déficit fiscal de 11% do PIB e uma inflação anual de 12% em janeiro.

Além das tensões econômicas, o MAS, partido de governo, vive um racha interno. Embora Arce tenha sido eleito com apoio de Morales, os dois se tornaram rivais políticos. No ano passado, Arce negou acusações de que teria forjado um golpe contra seu próprio governo para ganhar popularidade.

A divisão dentro do MAS reflete a disputa pelo poder, e Claure criticou a atual administração, afirmando que os investimentos no país são inviáveis e que Arce estaria "fazendo da Bolívia uma piada".

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