Mitt Romney e Paul Ryan conversam: Ryan é o autor de um plano republicano de orçamento e redução do déficit (Saul Loeb/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2012 às 16h41.
WASHINGTON - Paul Ryan não quer exatamente terminar com o Fed, o banco central norte-americano. No entanto, se prevalecer a vontade do vice escolhido por Mitt Romney, candidato republicano à Casa Branca, os poderes do banco podem ser cortados o suficiente para tornar difícil uma resposta mais enfática às turbulências econômicas.
O republicano de Wisconsin tem apoiado projeto polêmico que tira do Fed a missão de estimular o emprego, além de criticar a política monetária frouxa do banco.
Mais ainda, Paul Ryan já se mostrou simpático aos dias em que o dólar era atado ao ouro, um regime que restringia a impressão de dinheiro para ajudar a economia.
A escolha de Romney para companheiro de chapa sugere que a campanha republicana pode intensificar os ataques ao Fed, se o banco central afrouxar ainda mais a política monetária, e que uma Casa Branca comandada por Romney poderia querer limitar os poderes da instituição.
"Um governo não pode fazer nada mais traiçoeiro com o cidadão do que desvalorizar a sua moeda, e isso está ocorrendo", disse certa vez Ryan.