Fidel classificou o discurso de Obama na ONU de "longa enrolação para justificar o injustificável" (Adalberto Roque/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2011 às 11h59.
Havana - O líder cubano Fidel Castro afirmou que o presidente Barack Obama carece de "ética e moral" em sua decisão de vetar qualquer resolução na ONU que reconheça um Estado da Palestina, segundo artigo publicado nesta terça-feira.
"Não há um ápice de ética, e nem sequer de política, em sua tentativa de justificar sua anunciada decisão de vetar qualquer resolução a favor do reconhecimento de Palestino como Estado independente e membro das Nações Unidas", afirma Fidel.
Em seu texto, a segunda parte de um artigo sobre a Assembleia Geral da ONU, o líder comunista destaca que "as palavras de Obama" sobre a Palestina "só podem ser aplaudidas pelos canhões, os foguetes e os bombardeiros da Otan".
"Até políticos, que em nada compartilham com um pensamento socialista e encabeçam partidos que foram estreitos aliados de (ditador chileno) Augusto Pinochet, proclamam o direito da Palestina de ser membro da ONU", acrescentou.
"Se nosso Prêmio Nobel se autoengana, algo que está por provar, isso talvez explique as incríveis contradições de seus raciocínios e a confusão semeada entre seus ouvintes".
O ex-presidente classificou o discurso de Obama de "palavras idílicas e vazias de autoridade moral e de sentido", e, em contraste, elogiou o discurso com "profundas verdades" do presidente da Bolívia, Evo Morales.
Na primeira parte do artigo, publicado a segunda, Fidel classificou o discurso de Obama ante a ONU de "longa enrolação para justificar o injustificável".