Denver- Uma organização do Colorado desenvolve a partir deste sábado uma campanha de distribuição gratuita de pacotes de maconha a veteranos de guerra, uma iniciativa inédita realizada por ocasião do Memorial Day e que é possível porque o consumo recreativo de maconha agora é legal neste estado.
Segundo a informação distribuída pela Operation Grow4Vets, promotora da campanha, esta será a primeira vez que nos Estados Unidos será distribuída maconha legal, assim como toda a parafernália relacionada com seu consumo, a ex-combatentes do país.
A partir de hoje e até a próxima segunda-feira, os veteranos interessados em receber estas doações deverão apresentar-se no Dark Star Lounge, um bar ao oeste do centro de Denver, onde depois, na tarde da segunda-feira, receberão um pacote com maconha legal, óleo, sementes e outros presentes doados por uma loja local.
Joshua MacCurdy, coordenador do evento, especificou que existe um número limitado de pacotes e, por isso, darão prioridade aos veteranos que, além de contar com a identificação correspondente, padeçam de síndromes pós-traumáticas, dores crônicas ou outras 'condições médicas sérias' que os obriguem a fazer algum tipo de tratamento.
Toni Fox, proprietária do 3D Cannabis Center, a loja de Denver que doará a maconha, explicou à Agência Efe que se somou à campanha em homenagem a seu pai, um ex-combatente da Guerra do Vietnã que se suicidou por causa de uma síndrome pós-traumática.
'A única coisa que o ajudava era a cannabis. Sei que se tivesse tido acesso seguro a cannabis, hoje estaria vivo', declarou Fox.
Por sua parte, Roger Martin, diretor-executivo da Operation Grow4Vets, afirmou que, pouco após iniciar-se o projeto, mais de 300 ex-soldados se puseram em contato com a organização para receber a maconha.
Martin espera também que esta iniciativa ajude a reduzir o número de suicídios e de mortes acidentais por causa das overdoses 'que a cada dia ocorrem entre os veteranos'.
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1. Sinais de fumaça
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1/9 (Getty Images)
São Paulo - Nessa semana, o presidente uruguaio José Mujica fez história ao
assinar uma lei que criava um mercado legal de
maconha no país. Considerando que a criminalização da droga e o combate ao tráfico são ineficazes, o
Uruguai foi o primeiro país no mundo a legalizar a erva e colocar o controle da produção e venda nas mãos do Estado. Com a decisão, a discussão sobre a cannabis voltou ao centro das atenções - e outros governos já começam a pensar a respeito, indicando que novos mudanças na questão podem vir em um futuro próximo. Recentemente, o site
Weed Blog postou um mapa colaborativo onde pontua, no Google Maps, mais de 40 países que estão, ao menos, discutindo e repensando a questão. Veja a seguir oito países que, depois do Uruguai, estão discutindo a questão da legalização:
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2. Estados Unidos
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2/9 (Ron Wurzer/Getty Images)
Os
Estados Unidos talvez sejam o país que levantam de maneira mais fervorosa a bandeira do combate às drogas - principalmente contra a maconha. Mas as coisas estão mudando lentamente. Desde 1996, cerca do metade dos estados passou a permitir o uso medicinal da erva. Recentemente, o Colorado se tornou o primeiro estado americano a legalizar o uso recreativo, com venda controlada pelo governo. Resultado: mais de 3,5 milhões de dólares arrecadados em impostos. Nova York também passou a permitir o seu uso medicinal e científico.
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3. Holanda
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3/9 (Luis Acosta/AFP)
A
Holanda tem o histórico mais antigo de liberdade em relação à maconha: desde os anos 1970 existem os famosos coffee shops. Apesar de, em 2012, o governo ter tomado medidas no sentido da repressão - fechando coffee shops e restringindo à venda da maconha para os turistas, por exemplo -, cerca de 35 prefeitos estão organizados e pedem a legalização do cultivo da erva pelos holandeses.
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4. Marrocos
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4/9 (Andres Stapff/Reuters)
Até os anos 1950, era legal cultivar maconha no
Marrocos. Agora, com a erva na ilegalidade, apesar do país ser um grande produtor de maconha e haxixe, dois partidos políticos querem a "relegalização" do cultivo para uso médico e industrial.
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5. México
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5/9 (Jonathan Alcorn/Reuters)
O
México não vivencia grandes ondas de pressão pela legalização ou regularização da maconha - mesmo que dezenas de milhares tenham morrido na guerra às drogas nos últimos sete anos. Mas, na capital Cidade do México, foram propostas leis para permitir que certas lojas vendam até 5 gramas da erva. O prefeito da capital apoia a ideia, mas o governo federal desaprova. Ainda assim, pequenas quantidades de maconha e outras drogas foram descriminalizadas em 2009.
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6. Jamaica
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6/9 (Sean Gallup/Getty Images)
Na
Jamaica, até mesmo a posse da erva continua ilegal. Mas, geralmente, o indivíduo é obrigado a passar por reabilitação e pagar uma fiança para não ser preso. Desde os exemplos do Colorado e do Uruguai, muitos ativistas no país estão pressionando o governo para aprovar a descriminalização da cannabis.
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7. Guatemala
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7/9 (Getty Images)
O presidente do país, Otto Perez Molina, já falou na ONU que a guerra às drogas falhou. Ele sabe do que está falando, já que seu país é um ponto estratégico na rota da
cocaína no mundo. Ele anunciou, na ocasião, que a
Guatemala estava estudando o assunto depois de ver exemplos "visionários", como os de Colorado e Washington, nos Estados Unidos.
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8. Brasil
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8/9 (NELSON ALMEIDA/Getty Images)
No Brasil são cada vez mais frequentes as "Marchas da Maconha", que pedem a legalização da droga. O uso pessoal não é considerado crime, sim o transporte e o tráfico da droga. Atualmente, o grande debate é sobre a fragilidade da lei, que não deixa claro quanto de maconha é considerado uso pessoal e quanto já é considerado tráfico. Cabe ao juiz essa decisão, dando margem para subjetivismos e, por consequência, erros. O país tem como principal figura política a favor do "fim da guerra às drogas" o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso.
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9. Agora veja quem aprova e quem desaprova a erva
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9/9 (David McNew/Getty Images)