Papa Francisco: vereadores iniciaram a greve de fome com a intenção de chamar a atenção da Santa Sé e fazer pedidos ao pontífice (Filippo Monteforte/AFP)
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2015 às 18h07.
Cidade do Vaticano - Os dois vereadores venezuelanos em greve de fome no Vaticano, José Vicente García e Martín Paz, entregaram nesta quarta-feira um comunicado ao papa Francisco, mas não chegaram a conversar com ele.
"Nós não conversamos com o papa. Nós pudemos fazer chegar um comunicado através da Secretaria de Estado", disse Martín Paz à agência Efe.
Também acrescentou: "Nos disseram que ele sabia que estávamos lá. Fizemos o pedido (de uma conversa), a agenda era complicada, e pedimos que fizéssemos chegar o comunicado".
Os dois opositores participaram hoje da audiência geral em cadeira de rodas.
Os dois vereadores iniciaram a greve de fome na sexta-feira com a intenção de chamar a atenção da Santa Sé e fazer três pedidos ao pontífice: sua mediação para que o governo venezuelano ponha em liberdade os presos políticos, sua intercessão nos organismos internacionais como Nações Unidas, Organização dos Estados Americanos ou Corte Internacional de Direitos Humanos para que conheçam a situação no país.
Finalmente, pediram para serem recebidos pelo papa para que ele "escute de viva voz a situação de perseguição, repressão e humilhação das liberdades na Venezuela".
O protesto coincidiu com a visita que estava prevista do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao Vaticano. Ele seria recebido em audiência privada pelo papa, mas a viagem foi suspensa "por recomendação médica".
"Os médicos me obrigaram a ficar em repouso e é o que estou fazendo agora. De fato tive que, por recomendação médica, suspender a viagem a Roma", explicou Maduro no sábado durante uma videoconferência transmitida pela televisão estatal "VTV".