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Venezuela vê crítica de Macron a Maduro como "interferência"

Anteriormente, o presidente francês havia classificado o governo de Nicolás Maduro como "uma ditadura"

Emmanuel Macron: o Ministério das Relações Exteriores expressou "seu firme repúdio às lamentáveis declarações" de Macron (Stoyan Nenov/Reuters)

Emmanuel Macron: o Ministério das Relações Exteriores expressou "seu firme repúdio às lamentáveis declarações" de Macron (Stoyan Nenov/Reuters)

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AFP

Publicado em 30 de agosto de 2017 às 11h20.

A Venezuela criticou como interferência em seus assuntos internos a declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, que classificou o governo de Nicolás Maduro como "uma ditadura".

Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (30) no site institucional, o Ministério das Relações Exteriores expressou "seu firme repúdio às lamentáveis declarações" de Macron e disse que "constituem uma interferência nos assuntos internos da Venezuela".

Para o governo Maduro, as afirmações de Macron "atentam contra a institucionalidade venezuelana e parecem ser arrastadas pela permanente obsessão imperial de atacar nosso povo, ignorando os mais elementares princípios do Direito Internacional".

Caracas exigiu do governo francês "respeito por sua democracia" e destacou que as declarações de Macron demonstram "um profundo desconhecimento da realidade dos venezuelanos".

Emmanuel Macron afirmou, na terça-feira, que o governo Maduro instaurou "uma ditadura" no país e tenta se perpetuar no poder.

"Uma ditadura tenta se perpetuar a um preço humanitário sem precedentes e radicalizações ideológicas preocupantes", declarou Macron em seu primeiro discurso de política externa diante de diplomatas franceses.

"Desejo discutir com os governos da América Latina e da Europa maneiras de evitar novas escaladas, incluindo regionais", acrescentou o presidente francês.

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