Agência de notícias
Publicado em 25 de janeiro de 2025 às 16h24.
Mais de 380 pessoas detidas durante os protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro foram soltas ao longo da última semana, após uma revisão de seus casos. O número soma-se a outras libertações realizadas anteriormente, totalizando 1.896 presos libertados, segundo o procurador-geral Tarek William Saab.
Ao todo, mais de 2.400 pessoas foram presas em manifestações contrárias à reeleição de Maduro, que permanece no poder por um terceiro mandato de seis anos. Os protestos ocorreram em julho de 2024 e deixaram 28 mortos e cerca de 200 feridos, além de acusações de fraude feitas pela oposição.
De acordo com o Ministério Público da Venezuela, as solturas são fruto de uma “atualização permanente das investigações”, conduzidas em parceria com o Poder Judiciário. Os casos envolvem acusações como "terrorismo" e outros crimes relacionados aos protestos pós-eleitorais.
Tarek William Saab confirmou as libertações e reforçou que, entre os dias 16 e 24 de janeiro de 2025, foram solicitadas 381 revisões de casos, aumentando o número de solturas já concedidas.
Os detidos estavam em presídios de segurança máxima e, segundo relatos, enfrentaram condições difíceis. Três presos faleceram durante o período de encarceramento.
Nicolás Maduro foi proclamado vencedor pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), obtendo 52% dos votos. No entanto, a oposição denuncia irregularidades e a falta de transparência na apuração. Até o momento, o CNE não publicou uma contagem detalhada dos votos, algo exigido pela legislação venezuelana.
Enquanto isso, a oposição, liderada pelo candidato Edmundo González Urrutia, divulgou cópias das atas eleitorais em um site, alegando que ele teria vencido o pleito. O CNE afirmou que seus sistemas de computação foram invadidos, o que teria impedido a divulgação de dados detalhados por centro de votação.
A crise na Venezuela segue aprofundada, com denúncias de violações de direitos humanos e forte repressão às manifestações.
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