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Venezuela sofre onda de saques em Aragua, Táchira e Zulia

Uma onda de saques abalou algumas cidades dos Estados de Aragua, Táchira e Zulia, no centro e no leste da Venezuela

Manifestante bloqueiam ruas durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro: ministério público confirmou uma morte em Aragua (Luis Robayo/AFP)

Manifestante bloqueiam ruas durante protesto contra o governo de Nicolás Maduro: ministério público confirmou uma morte em Aragua (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 13h36.

Caracas - Uma onda de saques abalou na madrugada desta terça-feira algumas cidades dos Estados de Aragua, Táchira e Zulia, no centro e no leste da Venezuela, informaram as autoridades locais, após três semanas de protestos estudantis que deixaram 14 mortos.

"Durante a noite, grupos armados e violentos atacaram propriedade privada e destruíram algumas lojas", informou o governador do estado de Aragua, Tareck El Aissami.

O ministério público confirmou uma morte em Aragua, de uma pessoa que foi baleada, mas não esclareceu se o incidente ocorreu durante protestos ou em um assalto comum.

O presidente da associação empresarial Fedecámaras no Estado de Táchira, Daniel Aguilar, lamentou que apesar da militarização decretada pelo presidente Nicolás Maduro, "nas ruas permanecem pessoas desconhecidas saqueando pontos comerciais e empresas".

No Estado de Zulia, o diretor da polícia de Maracaibo, José Alcalá, informou que 23 pessoas foram detidas por tentativa de saque a oito pontos comerciais.

"Não queriam apenas roubar os artigos, mas também queimar os carros do Corpo da Polícia de Zulia", destacou Alcalá.

Três semanas de protestos na Venezuela contra o governo Maduro já deixaram 14 mortos, 140 feridos e 45 detidos, em várias regiões do país.

A onda de manifestações teve início em fevereiro, na cidade de San Cristóbal, quando estudantes protestaram contra a insegurança após a tentativa de estupro de uma universitária.

Maduro afirma que os protestos são um "golpe de Estado em desenvolvimento", mas garante que há apenas alguns "focos de violência" no país.

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