Venezuela: segundo o governo, as sanções da UE "violam os preceitos fundamentais da Carta das Nações Unidas" (Miraflores Palace/Reuters)
EFE
Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 15h39.
Caracas - O governo da Venezuela rejeitou nesta segunda-feira as sanções impostas pela União Europeia (UE) a sete altos funcionários do país e as qualificou como "indignas" e "ilegais".
O ministro de Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, publicou hoje um comunicado no qual "rejeita energicamente as medidas restritivas impostas" pela UE "de maneira ilegal e unilateral".
"O governo bolivariano da Venezuela rejeita categoricamente as decisões erráticas, intervencionistas, coercitivas e ilegais que a União Europeia anunciou contra a Venezuela", escreveu o chefe da diplomacia venezuelana.
Devido à "repressão" na Venezuela, a UE formalizou nesta segunda-feira as sanções contra o "número dois" do chavismo, Diosdado Cabello; o presidente do Tribunal Supremo, Maikel Moreno, e o ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol.
Completam a lista o chefe do serviço de inteligência, Gustavo Enrique González; a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena; o procurador-geral Tareq William Saab, e o ex-comandante da Guarda Nacional Bolivariana, Antonio José Benavides, segundo disseram à Agência Efe fontes comunitárias.
Segundo o chavismo que governa a Venezuela desde 1999, estas sanções "violam os preceitos fundamentais da Carta das Nações Unidas e pretendem exercer uma grosseira ingerência em assuntos internos".
Hoje a UE "volta a oferecer provas irrefutáveis da sua notável subordinação perante o governo supremacista e racista de Donald Trump", acrescenta o comunicado de Caracas, em alusão às sanções impostas antes pelo governo dos Estados Unidos contra vários funcionários venezuelanos.
O governo de Nicolás Maduro ainda acusa a UE de "infringir seus próprios princípios fundacionais" e de transgredir "a mais elementar legislação do Direito Internacional e ameaçar a estabilidade" da nação sul-americana.
"A Venezuela exige da UE respeito à sua soberania (...) e reivindica imediatamente a cessação das políticas hostis, e se reserva a ações necessárias" neste caso, concluiu a nota.