O presidente venezuelano Nicolás Maduro: Maduro já acusou os EUA de tramarem para depor seu governo (Carlos Garcia Rawlins/REUTERS)
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2016 às 10h05.
Caracas - O principal diplomata da Venezuela em Washington foi chamado de volta a Caracas na quarta-feira depois que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, renovou um decreto que impõe sanções a várias autoridades venezuelanas de alto escalão.
Maximilien Arvelaiz atuava como "chargé d'affaires" da Venezuela na capital norte-americana, e há meses esperava uma autorização para poder trabalhar como embaixador do país nos EUA.
O cargo de embaixador está vago nas duas nações desde 2010. Os EUA impuseram as sanções e declararam a Venezuela uma ameaça à segurança nacional 12 meses atrás.
"Chega de arrogância, prepotência e intriga", disse o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, na televisão estatal.
Maduro já acusou os EUA de tramarem para depor seu governo.
A Venezuela vem tendo um relacionamento tumultuado e muitas vezes ríspido com Washington desde que o falecido Hugo Chávez se tornou presidente em 1999.
"Às vezes sinto que estou em um avião e que a cada cinco minutos preciso colocar o cinto de segurança por causa da turbulência", disse Arvelaiz em uma entrevista em dezembro.
A embaixada norte-americana em Caracas não respondeu de imediato a um pedido de comentário.