Venezuela: sanções foram aplicadas "para proteger e promover um governo democrático" no país (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de maio de 2017 às 09h55.
Última atualização em 19 de maio de 2017 às 09h56.
Caracas - O governo da Venezuela manifestou nesta quinta-feira seu "repúdio" contra as "sanções extraterritoriais do Departamento de Tesouro dos Estados Unidos contra oito juízes da Suprema Corte e indicou que essas ações violam as leis internacionais.
"Venezuela repudia sanções unilaterais e extraterritorias do Departamento do Tesouro dos EUA contra juízes do máximo tribunal", escreveu a chanceler da Venezuela, Delcy Rodríguez, no Twitter.
Além disso, a ministra das Relações Exteriores é "inadmissível que os EUA imponham sanções a um poder público soberano e independente, violando leis internacionais e venezuelanas".
Além disso, Rodríguez afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reforça o apoio aos juízes, "vítimas do poder imperial americano".
Ontem, o Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções econômicas ao presidente da Suprema Corte da Venezuela, Maikel Moreno, e a sete juízes do Tribunal Constitucional por "usurparem a autoridade" da Assembleia Nacional.
As novas sanções foram aplicadas após várias semanas de protestos desencadeados pela ordem do TSJ de privar a Assembleia Nacional, controlada pela oposição ao presidente do país, Nicolás Maduro, de todas as suas funções.
"O povo venezuelano está sofrendo pelo colapso econômico provocado pela má gestão e a corrupção de seu governo. Os membros do Tribunal Supremo de Justiça exacerbaram a situação ao interferir na autoridade do Legislativo", disse em comunicado o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin.
"Por meio destas sanções, os Estados Unidos apoiam o povo venezuelano em seus esforços para proteger e promover um governo democrático no país", acrescentou o Mnuchin, sob cujo controle está o Escritório de Controle de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), que impõe as sanções.