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Venezuela rebate críticas de Kerry à democracia do país

A disputa ocorre depois de uma reaproximação no início deste ano entre as duas nações


	O secretário de Estado americano, John Kerry: disputa ocorre depois de uma reaproximação no início deste ano entre as duas nações
 (Yuri Gripas/Reuters)

O secretário de Estado americano, John Kerry: disputa ocorre depois de uma reaproximação no início deste ano entre as duas nações (Yuri Gripas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 09h55.

Caracas - A ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, criticou nesta segunda-feira o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, por questionar as credenciais democráticas do país antes das eleições legislativas, nas quais as pesquisas indicam que o governo socialista venezuelano será derrotado.

A disputa ocorre depois de uma reaproximação no início deste ano entre as duas nações, cujos governos são ideologicamente opostos.

Em uma entrevista transmitida pela CNN em espanhol na segunda-feira, Kerry descreveu a Venezuela como "problemática" e disse que as eleições de dezembro darão uma "medida do tipo de democracia que existe no país".

Respondendo no Twitter na própria segunda à noite, a chanceler Delcy Rodríguez afirmou que a Venezuela rejeita os comentários de Kerry.

"O registro eleitoral nos Estados Unidos é fundado sobre a discriminação ... Nosso sistema político está fundado na democracia."

A Venezuela e os Estados Unidos vêm mantendo relações difíceis desde que Hugo Chávez, morto em 2013, foi eleito presidente em 1998.

Chegaram a seu ponto mais baixo em 2006, quando Chávez descreveu o então presidente norte-americano George W. Bush como "o diabo".

Os dois países não trocam embaixadores desde 2010.

No domingo, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, disse que o presidente Barack Obama estava atrasando o aval ao embaixador proposto para Washington.

Já os EUA não indicaram um nome para a sua embaixada na Venezuela. Funcionários da representação norte-americana em Caracas não responderam de imediato a um pedido de comentário.

As relações começaram a melhorar no início do ano, mas parecem ter retrocedido depois que Leopoldo López, um líder oposicionista preso, foi condenado a quase 14 anos de prisão em setembro, acusado de fomentar a violência contra o governo. Washington vinha pressionando pela libertação de López.

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