Medida dispôs uma moratória à importação de armamento de um ano e dava de prazo até esta sexta-feira às lojas para se desfazer das reservas de armas para o público (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de junho de 2012 às 22h03.
Caracas - A Venezuela tem a partir desta sexta-feira uma norma que proíbe a venda de armamento e munição a particulares, em uma tentativa de combater a violência que assola o país caribenho, que com uma média de 48 homicídios para cada cem mil habitantes, se situa entre os mais violentos da América Latina.
Nas lojas de armas de Caracas hoje não há muita vontade de se dar declarações. A proibição de vender armas se aplica três meses depois que a Comissão Presidencial para o Controle de Armas, Munição e Desarmamento, aprovou a norma no dia 29 de fevereiro.
A medida dispôs, além disso, uma moratória à importação de armamento de um ano e dava de prazo até esta sexta-feira às lojas para se desfazer das reservas de armas para o público.
Em um percurso realizado em Caracas, a Agência Efe pôde constatar que várias delas inclusive já não comercializam armas há vários meses.
Uma gerente de uma destas lojas se queixou da decisão oficial e duvidou que na realidade ajude a frear a delinquência que afeta diariamente os venezuelanos.
Ela indicou que no mercado negro o preço é baixo e inclusive relatou que algumas vezes os bandidos roubam as armas dos próprios policiais.
Ficam excluídos desta medida os corpos policiais, a Força Armada Nacional Bolivariana, assim como as companhias de segurança devidamente registradas no Ministério de Relações Interiores, os desportistas que praticam tiro esportivo e a Universidade Nacional Experimental da Segurança (Unes).