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Venezuela perseguirá 'traidores da pátria' após prisão de 'czar do petróleo', diz ministro

Ministro Diosdado Cabello afirma que governo venezuelano perseguirá atos de traição após prisão de Pedro Tellechea

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Agência de notícias

Publicado em 22 de outubro de 2024 às 19h45.

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O ministro de Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, garantiu, nesta terça-feira, 22, que o governo de Nicolás Maduro irá perseguir quem incorrer em "traição à pátria" após a prisão de Pedro Tellechea, ex-czar do petróleo.

O coronel do Exército, de 48 anos, foi preso no domingo, acusado de vínculos com uma "empresa controlada pelo serviço de inteligência" dos Estados Unidos, informou o Ministério Público venezuelano na segunda-feira.

Combate à traição e corrupção

“O Estado venezuelano condena absolutamente qualquer ação ou ato de corrupção, e não apenas condena, mas perseguirá até as últimas consequências qualquer tentativa de traição à pátria”, disse Cabello durante entrevista coletiva em Caracas.

Segundo o dirigente chavista, “entregar o cérebro, as operações, a administração, os contratos da principal indústria do país ao governo dos Estados Unidos implica em um ato de traição à pátria”. A pena máxima para o crime é de 30 anos.

Prisão de Pedro Tellechea e impacto na PDVSA

Pedro Tellechea, que foi ministro do Petróleo e presidente da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), foi detido junto com seus colaboradores mais próximos por, entre outras razões, entregar o sistema de controle automatizado da PDVSA "a uma empresa controlada pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos", segundo o Ministério Público.

Tellechea foi nomeado presidente da PDVSA em janeiro de 2023 e ministro do Petróleo em março, prometendo "sanear" a indústria após um escândalo de corrupção que levou à prisão de Tareck El Aissami, seu antecessor.

Histórico de prisões e mudanças no governo Maduro

Durante o governo de Nicolás Maduro, cerca de 200 funcionários públicos foram presos, incluindo ex-ministros e ex-presidentes da PDVSA. Entre os detidos, estão Rafael Ramírez, que foi ministro do Petróleo e presidente da PDVSA, e Eulogio del Pino e Nelson Martínez, que também ocuparam esses cargos; Martínez morreu na prisão.

Em 18 de outubro, Maduro nomeou Alex Saab, empresário colombiano acusado de ser seu "laranja", como ministro da Indústria. Tellechea, por sua vez, anunciou sua saída do governo, alegando "problemas de saúde".

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