O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: com uma cadeira a menos, a oposição veria diminuída sua maioria para três quintos e a capacidade para legislar (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 16 de dezembro de 2015 às 19h27.
O governo venezuelano pediu às autoridades, nesta quarta-feira, que investiguem uma suspeita de compra de votos, que teria favorecido a oposição no estado do Amazonas (sul), levantando a possibilidade de contestar os resultados dos comícios legislativos nessa região.
"Nós, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), solicitamos imediatamente que a Promotoria Geral da República assuma o assunto (...) pela violação das leis eleitorais, pela tentativa de ferir o sistema eleitoral venezuelano e pela agressão contra a intenção de voto", disse em uma coletiva de imprensa o diretor do PSUV, Jorge Rodríguez.
Nas eleições de 6 de dezembro, a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) obteve uma maioria de dois terços com um total de 112 dos 167 legisladores.
Com uma cadeira a menos, a oposição veria diminuída sua maioria para três quintos e a capacidade para legislar.
Rodríguez afirmou que os partidos da MUD "sujaram o evento eleitoral no Amazonas", estado fronteiriço com Brasil e Colômbia e um dos três em que habita a maioria dos grupos indígenas da Venezuela.
Alguns postos de votação dessa região estão localizados em zonas de difícil acesso e apresentam problemas de comunicação.
De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), o estado está entre os mais lentos na transmissão de dados para a apuração.