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Venezuela: oposição denuncia segunda prisão de aliado de Maria Corina Machado

Ricardo Estévez, teria sido detido na frente de sua casa; na mesma terça-feira, Freddy Superlano, integrante do partido Vontade Popular foi "sequestrado"

Publicado em 31 de julho de 2024 às 07h10.

Última atualização em 31 de julho de 2024 às 07h12.

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A oposição da Venezuela denunciou a prisão de mais um dirigente político do país. Segundo informações do canal VPItv, Ricardo Estévez, do partido Vem Venezuela, liderado por María Corina Machado, foi detido quando saia de sua casa, no bairro El Cafetal, em Caracas, na tarde da terça-feira, 30.

“Vemos com alarme a recente prisão do líder político Ricardo Estévez, do partido Vem Venezuela, ocorrida quando ele saía de sua residência em El Cafetal, Caracas, na tarde desta terça-feira”, escreveu no X a organização de defesa dos direitos humanos Justiça, Encontro e Perdão. “O fato de ter sido interceptado por dois carros sem placa, retirado do seu veículo e detido sem explicação é uma clara violação dos seus direitos e um exemplo óbvio de abuso de autoridade.”


As autoridades venezuelanas não confirmaram a prisão, tampouco deram detalhes sobre seu paradeiro.

"Sequestro de Freddy Superlano"

Mais cedo da mesma terça-feira, o partido Vontade Popular denunciou em seu perfil na rede social X o "sequestro" de Freddy Superlano, ex-deputado e integrante do partido que faz parte da coalizão de oposição liderada por Maria Corina Machado. Superlano era um dos nomes cotados para se candidatar à presidência e concorrer com Maduro, mas abriu mão em favor de Corina Machado.

Onda de protestos

Desde a madrugada de segunda-feira, 29,  quando o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou a reeleição de Nicolás Maduro para seu terceir mandato de seis anos, integrantes da oposição exigem a divulgação das atas das seções eleitorais, algo que não aconteceu até o momento.

Enquanto isso, milhares de pessoas protestaram contra os resultados, derrubando estátuas do ex-presidente Hugo Chávez, da qual Maduro é herdeiro político.

Governo contra oposição

Nesta terça-feira, o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez, disse que Edmundo González e María Corina Machado deveriam ser presos pelas autoridades, os acusando de integrar uma “conspiração fascista”.

— Não há diálogo com o fascismo, não são concedidos benefícios processuais, não são perdoados — disse Rodríguez. — As leis são aplicadas a eles e o Ministério Público tem que agir não só com os bandidos drogados que pagam para aterrorizar, mas também com os seus patrões. E não me refiro apenas a María Corina Machado, mas também a Edmundo González, porque ele é o chefe da conspiração fascista.

Mais cedo, Diosdado Cabello, vice-presidente do partido de Maduro, afirmou que, além das 730 pessoas detidas durante os protestos, 10 dirigentes da oposição são alvos das autoridades.

"Temos conversas e comunicações, seja qual for o nome, seja qual for o sobrenome que tenham, eles irão para a prisão",  afirmou o dirigente chavista.

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