Nicolás Maduro: presidente fez "chamado" para participação no exercício (Miraflores Palace/Handout/Reuters)
EFE
Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 19h21.
Caracas - A Venezuela iniciou nesta terça-feira exercícios militares, nos quais estima que participarão "mais de um milhão de pessoas", para preparar o povo para a "defesa" perante possíveis ataques "terroristas", segundo disse o chefe do Comando Estratégico Operacional (CEO) das Forças Armadas, Remigio Ceballos.
"Este grande exercício inicia no dia de hoje e se mantém em atividade, em processo de planejamento durante todos estes dias (...), estamos aqui mobilizando mais de um milhão de homens e mulheres que vão participar", afirmou Ceballos em um encontro com jornalistas locais transmitido pela emissora estatal "VTV".
O chefe do CEO detalhou que 328.000 milicianos, 150.000 membros de tropa de todos os componentes e "550.000 pessoas que vão integrar os órgãos de direção para a defesa integral" participarão destes exercícios, em atendimento a um "chamado" feito no sábado passado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro.
"Nós continuamos esse chamado para a milícia, para a reserva, para que todo o povo venezuelano participe desta ação que o que faz é prepará-lo para a defesa integral da pátria", acrescentou Ceballos.
Os exercícios, que se desenvolverão "em cada estado da República" e contarão com a participação de "toda a força armada", terão seu desdobramento final no próximo sábado, quando serão realizadas ações "emolduradas no âmbito da defesa militar", declarou Ceballos sem oferecer detalhes.
Por sua vez, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, pediu aos venezuelanos, no mesmo encontro com jornalistas, para "não temer" perante estes exercícios e, pelo contrário, somar-se a eles.
Os exercícios militares foram convocados por Maduro no meio da tensão diplomática entre a Venezuela e a Colômbia e em época eleitoral, já que o país elegerá um novo presidente para o período 2019-2024 no próximo dia 22 de abril.
Nesse sentido, Padrino ressaltou que as forças armadas não abandonarão seus trabalhos concernentes ao chamado Plano República, que garante a segurança durante todos os pleitos no país.
"(Assumiremos) em paralelo tudo o que tem a ver com o Plano República para dar segurança ao eleitorado venezuelano, para que saia seguro no próximo 22 de abril para exercer o seu direito livre, as suas eleições livres", garantiu.