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Venezuela fecha 18 estações de metrô devido a manifestações

Deputados opositores alertaram que as autoridades venezuelanas também limitaram o acesso de veículos nas principais autoestradas que levam à cidade

Venezuela: os protestos se intensificaram nos últimos dias, mas segundo os militantes "o povo continuará nas ruas" (Marco Bello/Reuters)

Venezuela: os protestos se intensificaram nos últimos dias, mas segundo os militantes "o povo continuará nas ruas" (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de abril de 2017 às 12h23.

Caracas - O Metrô de Caracas informou nesta segunda-feira que 18 de suas estações subterrâneas e 19 de suas rotas terrestres de metrobus estarão fechadas "para a segurança" dos usuários devido a uma manifestação opositora prevista para hoje no leste da capital da Venezuela.

Através do Twitter, o Metrô de Caracas detalhou as estações que "não vão abrir" nesta segunda-feira, entre elas Chacaíto, Chacao e Sabana Grande, os três acessos do trem subterrâneo mais próximos do ponto de concentração dos opositores que se manifestarão contra o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).

Deputados opositores alertaram através dessa mesma rede social que as autoridades venezuelanas limitaram o acesso de veículos nas principais autoestradas que levam à cidade.

O deputado José Manuel Olivares compartilhou imagens no Twitter em que é possível ver enormes filas de veículos que, segundo ele, são produzidas com o propósito de evitar que os opositores cheguem à capital.

"Não há obstáculo que evite nossa presença na rua, protestando de maneira pacífica contra o golpe de Estado!!!!", escreveu Olivares na rede social.

O parlamentar Tomás Guanipa também ressaltou no Twitter que, apesar dos bloqueios, "o povo continuará nas ruas".

A oposição venezuelana convocou para hoje uma concentração no leste da capital em apoio à Assembleia Nacional (parlamento), que na semana passada iniciou um processo para remover sete juízes do TSJ devido a uma sentença que estes emitiram que tirava as funções do Legislativo e limitava a imunidade parlamentar.

O parlamento considera que este ato do Supremo é um "golpe de Estado" e, apesar de a entidade ter dado um passo atrás ao suprimir alguns trechos da sentença, o Legislativo pediu ao Poder Cidadão sua aprovação - requerida pela Constituição - para continuar com o processo de remoção dos magistrados.

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