Presidente da Venezuela, Nícolas Maduro (Miraflores Palace/Handout/Reuters)
AFP
Publicado em 15 de setembro de 2018 às 17h04.
Caracas denunciará o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, ante as Nações Unidas "por promover intervenção militar" na Venezuela, depois de afirmar na sexta-feira, na Colômbia, que essa opção não está descartada.
A informação foi dada pela vice-presidente Delcy Rodríguez no Twitter.
Almagro declarou na sexta-feira que não se deve descartar "uma intervenção militar" na Venezuela para "derrubar" o governo de Nicolás Maduro, a quem responsabiliza pela crise humanitária e migratória dos venezuelanos.
"Sobre a intervenção militar para derrubar o regime de Nicolás Maduro, acredito que não devemos descartar qualquer opção", disse Almagro em entrevista coletiva na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela.
"Almagro pretende ressuscitar os piores casos de intervenção militar imperialista em nossa região, cuja estabilidade está seriamente ameaçada pelo comportamento insano da pessoa que se desvia e abusa da secretaria-geral da OEA", assinalou Rodríguez.
Almagro, acusado de "ingerencista" por Maduro, justificou sua declaração diante das "violações dos direitos humanos e dos crimes contra a humanidade" cometidos pelo governo venezuelano contra seu povo.
"O sofrimento do povo, o êxodo induzido que está promovendo torna as ações diplomáticas prioritárias, mas não devemos descartar qualquer opção", afirmou ainda.
"Temos que recuperar a democracia na #Venezuela para que todos os imigrantes venezuelanos possam voltar ao seu país e também recuperem sua liberdade e bem-estar", concluiu Almagro no Twitter de Cúcuta.