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Venezuela é único incomodado por relação EUA-Cuba, diz Kerry

Estados Unidos e Cuba manterão nesta sexta-feira em Washington a segunda rodada de negociações para o reestabelecimento de suas relações


	Kerry: chefe da diplomacia americana ressaltou que a abertura em relação a Cuba "não se trata" do que o governo da ilha "pode fazer" pelos EUA, mas do que Washington pode "fazer pelo povo cubano"
 (Stoyan Nenov/Reuters)

Kerry: chefe da diplomacia americana ressaltou que a abertura em relação a Cuba "não se trata" do que o governo da ilha "pode fazer" pelos EUA, mas do que Washington pode "fazer pelo povo cubano" (Stoyan Nenov/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 14h37.

Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, disse nesta terça-feira que a Venezuela é o único país que se incomoda com o processo de normalização das relações entre Cuba e Estados Unidos iniciado em dezembro.

"Esta mudança de política foi recebida com extraordinárias boas-vindas na América Latina, América Central e Europa. Acreditavam que era necessário fazer isso há muito tempo. Os únicos que se inquietaram por isso são os venezuelanos", disse Kerry em uma audiência do Comitê de Gastos do Senado dos Estados Unidos.

O chefe da diplomacia americana ressaltou que a abertura em relação a Cuba "não se trata" do que o governo da ilha "pode fazer" pelos EUA, mas do que Washington pode "fazer pelo povo cubano".

"Esta é a decisão correta, e o futuro deixará isso claro", afirmou.

Segundo Kerry, o processo do restabelecimento das relações diplomáticas, rompidas desde 1961, "elimina o pretexto" que o governo cubano tinha para limitar "as liberdades e a prosperidade econômica" de seu povo.

Estados Unidos e Cuba manterão nesta sexta-feira em Washington a segunda rodada de negociações para o reestabelecimento de suas relações, após os primeiros contatos feitos em Havana em janeiro.

No primeiro encontro em Cuba, as delegações dos dois países trocaram propostas sobre a reabertura de suas respectivas embaixadas e questões diplomáticas.

Para o governo cubano, é essencial que os EUA acabem com o embargo sobre a ilha, o que só pode ser feito pelo Congresso americano, e que Cuba saia da lista de países patrocinadores do terrorismo elaborada pelo Departamento do Estado.

Outro ponto de atrito frequente entre ambos os países é o tema dos direitos humanos, um assunto que os Estados Unidos asseguraram que fará parte do processo de negociação.

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