Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante discurso no Palácio Miraflores, em Caracas (Palácio Miraflores/Divulgação via Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de julho de 2014 às 20h55.
Caracas - Autoridades venezuelanas usaram e-mails forjados para acusar adversários do governo de tramar para matar o presidente do país, Nicolás Maduro, de acordo com uma empresa de investigação particular contratada por um dos acusados.
Em maio, líderes do partido governista disseram que um grupo de críticos ardorosos do governo estava se preparando para “aniquilar” Maduro, parte de um plano golpista, mostrando imagens de e-mails que afirmaram serem prova do complô.
As imagens dos e-mails revelaram “muitas indicações de manipulação do usuário”, segundo o relatório divulgado na terça-feira pela Kivu Consulting.
Registros obtidos do Google sob intimação também mostraram que mensagens atribuídas ao consultor Pedro Burelli jamais foram enviadas, acrescenta o relatório.
“Os e-mails... claramente são falsificações e não refletem imagens reais da tela do computador”, diz o documento. "Não há prova da existência de quaisquer e-mails entre as contas de e-mail de Pedro Burelli no Google e os supostos destinatários nestas datas.” Burelli, cujos advogados são usuários dos serviços da Kivu, chamaram as acusações de “farsescas e difamatórias”. O Ministério da Informação não respondeu a telefonemas pedindo comentários sobre o assunto.
Autoridades do partido haviam dito que críticos do governo, incluindo Bunelli, a ex-deputada da oposição Maria Corina Machado e o antigo presidenciável Diego Arria faziam parte do plano.
Os supostos conspiradores negaram as acusações.