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Venezuela diz que não deve "nenhuma explicação" aos EUA sobre reeleição de Maduro

Transparência do pleito é questionada internacionalmente e oposição afirma que teve maioria dos votos

President of the Bolivarian Republic of Venezuela, Nicolás Maduro, gestures as he speaks after the National Electoral Council published the results of the consultative referendum on Venezuelan sovereignty over the Essequibo, in Caracas, on December 3, 2023. Venezuelan electoral authorities on December 3 claimed that 95 percent of voters in a nonbinding referendum approved of the nation's territorial claim on a huge chunk of neighboring oil-rich Guyana.
It is "an evident and overwhelming victory for the 'Yes' in this consultative referendum," said the president of the National Electoral Council, Elvis Amoroso. (Photo by Pedro Rances Mattey / AFP) (Pedro Rances Mattey /AFP)

President of the Bolivarian Republic of Venezuela, Nicolás Maduro, gestures as he speaks after the National Electoral Council published the results of the consultative referendum on Venezuelan sovereignty over the Essequibo, in Caracas, on December 3, 2023. Venezuelan electoral authorities on December 3 claimed that 95 percent of voters in a nonbinding referendum approved of the nation's territorial claim on a huge chunk of neighboring oil-rich Guyana. It is "an evident and overwhelming victory for the 'Yes' in this consultative referendum," said the president of the National Electoral Council, Elvis Amoroso. (Photo by Pedro Rances Mattey / AFP) (Pedro Rances Mattey /AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 30 de agosto de 2024 às 06h45.

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O governo da Venezuela disse que “não deve explicações” aos Estados Unidos sobre a reeleição de Nicolás Maduro, proclamada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) nas eleições presidenciais de 28 de julho.

O anúncio foi feito na quinta-feira, 29, em resposta ao governo americano, que classificou como inaceitável a falta de transparência nessas eleições, cujo resultado é contestado pela oposição e grande parte da comunidade internacional.

Para o governo venezuelano, o Departamento de Estado dos EUA “insiste em sua posição desprezível de se intrometer em assuntos que não lhe dizem respeito”.

“Não devemos explicações a nenhum órgão estrangeiro, muito menos ao império hostil”, diz uma mensagem compartilhada no Telegram pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil.

Ele ressaltou que o resultado divulgado pelo CNE "foi corroborado" pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), comandado por aliados de Maduro, que validou a reeleição do atual presidente após um processo solicitado por ele.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse nesta quinta-feira que o presidente venezuelano e seus representantes reivindicaram “falsamente” a vitória e se envolveram em “repressão” para se manter no poder.

Miller afirmou que os EUA “aplaudem a coragem e a resiliência dos milhões de venezuelanos que votaram e que continuam a pedir pacificamente a Maduro que reconheça” que o porta-bandeira da principal coalizão de oposição, Edmundo González Urrutia, “recebeu a maioria dos votos”.

Além disso, ele enfatizou que, apesar dos repetidos apelos dos venezuelanos e da comunidade internacional, o CNE, “controlado por Maduro, não justificou os resultados anunciados apresentando as planilhas originais de apuração, como fez após as eleições de 2013 e 2018”.

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