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Venezuela diz que EUA entraram em fase de loucura

Maduro afirmou que decisão de negar sobrevoo de Evo Morales em países europeus mostra que americanos estão em uma "fase de loucura e desespero"


	O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fala durante encontro com ministros e governadores no Palácio de Miraflores, em Caracas: "o império americano entrou em fase de loucura e desespero, porque estão vendo que não podem parar a reação do nosso mundo", declarou
 (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fala durante encontro com ministros e governadores no Palácio de Miraflores, em Caracas: "o império americano entrou em fase de loucura e desespero, porque estão vendo que não podem parar a reação do nosso mundo", declarou (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 13h50.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quinta-feira que a decisão de países europeus de negar o sobrevoo ao avião do presidente boliviano, Evo Morales, foi comandada pela CIA e reflete que os Estados Unidos entraram em uma "fase de loucura".

"O império americano entrou em fase de loucura e desespero, porque estão vendo que não podem parar a reação do nosso mundo", declarou Maduro à jornalistas quando chegou na Venezuela após visitar Rússia e Bielorrússia.

O líder revelou que, enquanto voltava para Caracas, a chancelaria venezuelana recebeu dos Estados Unidos um pedido para extraditar o ex-técnico da CIA Edward Snowden, o que foi rejeitado.

"Os EUA não têm moral para pedir a extradição de um jovem que está alertando sobre a ilegalidade com a qual atua o Pentágono, a CIA. Eu rejeito, como chefe de estado, qualquer solicitação de extradição que estejam fazendo", expressou.

Ao manifestar sua rejeição ao pedido, o presidente reivindicou que "primeiro" os Estados Unidos devem entregar o anticastrista Luis Posada Carriles, que se encontra no país e teve sua extradição solicitada pela Venezuela em 2005 devido à explosão de um avião da companhia aerea Cubana de Aviación em 1976, com 73 pessoas a bordo.


Para Maduro, o governo de Barack Obama está "demonstrando um nível de fraqueza muito grande do ponto de vista moral e ético frente ao mundo" com sua reação no caso Snowden, que revelou uma rede de espionagem em massa nos Estados Unidos.

"Snowden divulgou um pedacinho de verdade, o que mais saberá ele sobre o governo dos Estados Unidos, a CIA, o Pentágono", refletiu.

"Chegaram ao ponto de colocar em perigo a vida de um presidente sul-americano e pretenderam nos ameaçar, mas nós não somos ameaçáveis, não recebemos recomendações e muito menos imposições de ninguém", acrescentou.

Maduro assegurou ter informação de "como a CIA manda na Europa" e denunciou que o fechamento dos espaços aéreos ao avião onde viajava Morales foi ordenado pelos "chefes da CIA em cada país" europeu.

Morales retornou ontem à noite para a Bolívia após passar treze horas retido no aeroporto de Viena devido à recusa de Portugal, França e Itália de que ele voasse por seus territórios quando voltava de Moscou, sob a suspeita de que podia levar Snowden no avião.

A Bolívia denunciou também que a Espanha permitiu inicialmente a aterrissagem e negou logo depois, algo desmentido pelo ministro das Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, que afirmou ontem que não houve "nenhuma proibição" para que o avião de Morales passasse pelo espaço aereo espanhol.

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