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Venezuela deve remover imunidade política após atentado contra Maduro

Presidente sofreu uma tentativa de assassinato através da explosão de drones em um comício no último final de semana

Venezuela deve retirar, nesta quarta-feira, a imunidade política de alguns parlamentares após um atentado contra Maduro (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

Venezuela deve retirar, nesta quarta-feira, a imunidade política de alguns parlamentares após um atentado contra Maduro (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

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Reuters

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 12h49.

Última atualização em 8 de agosto de 2018 às 12h50.

Caracas - A Assembleia Constituinte da Venezuela deve retirar, nesta quarta-feira, a imunidade política de alguns parlamentares de oposição que considera estarem envolvidos em uma tentativa de assassinar o presidente Nicolás Maduro através da explosão de drones em um comício no último final de semana.

Juan Requesens, um parlamentar de 29 anos, e uma ex-líder estudantil foram detidos na noite de terça-feira em aparente conexão com o incidente.

Maduro havia dito que Requesens, que descreveu como "um dos mais loucos, um psicopata", estaria ligado ao lançamento de dois drones DJI M600 repletos de explosivos C4 sobre um comício ao ar livre do qual Maduro participou no sábado.

O presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, disse que o órgão pró-governo iria, nesta quarta-feira, discutir a suspensão da imunidade de parlamentares envolvidos na "tentativa fracassada de magnicídio".

Maduro não ficou ferido no incidente de sábado. Entretanto, os explosivos nos drones foram detonados, deixando sete militares feridos e fazendo com que os participantes do evento corressem em busca de abrigo.

Os adversários de Maduro dizem que ele está usando as explosões como desculpa para prender seus rivais políticos e acumular poderes no país que sofre com a escassez de alimentos, hiperinflação e frequentes quedas de energia.

"Se a Assembleia Constituinte remover nossa imunidade parlamentar eles estarão, mais uma vez, violando a Constituição e a lei internacional. Mais cedo ou mais tarde eles irão para a cadeia! A Venezuela está vivendo um ataque político", escreveu o parlamentar de oposição Luis Carlos Padilla em publicação no Twitter.

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