Maduro: o presidente decretou em agosto medidas especiais na maior parte da fronteira com a Colômbia para fazer frente ao contrabando de produtos básicos (REUTERS/Jorge Dan Lopez)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2015 às 16h41.
Caracas -- A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, revelou neste domingo que 5.395 pessoas foram detidas durante o ano de 2015 e quase 2 mil permanecem presas por contrabando e revenda de produtos básicos dentro e fora do país, uma prática conhecida como "bachaqueo".
"Até agora, 5.395 indivíduos foram detidos por revenda ilegal, desses 1.974 estão privados de liberdade", disse ela durante uma entrevista ao canal "Televén".
Conforme explicou, o Ministério Público está ciente de que o problema do "bachaqueo" afetou "seriamente" a economia do país, com o contrabando de extração de combustível e de produtos de primeira necessidade "não somente pela Colômbia", mas também pelo Caribe e as outras fronteiras.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou em agosto medidas especiais na maior parte da fronteira com a Colômbia, incluindo o fechamento da zona limite, para fazer frente, entre outros crimes, ao contrabando de produtos básicos, segundo argumentou à época.
As autoridades venezuelanas revelaram na terça-feira passada que desde que Maduro ordenou o fechamento da fronteira com a Colômbia, em 19 de agosto, 250 pessoas foram detidas na fronteira do estado de Táchira (oeste), entre elas 66 militares, 28 policiais e 34 supostos paramilitares colombianos.
O governador desse estado, José Vielma Mora, informou que a maioria das detenções está vinculada a práticas de contrabando para a Colômbia de produtos subvencionados pela Venezuela, especialmente alimentos, remédios e combustível.