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Venezuela detém 17 pessoas por ataque a campanha de candidato opositor

Chefe de segurança do candidato de oposição Henri Falcón sofreu um ferimento "grave" na cabeça durante um evento de campanha em Catia

Venezuela: Nicolás Maduro disse na terça-feira que 17 pessoas foram detidas por um ataque contra a campanha de um candidato presidencial opositor (Rayner Pena/Reuters)

Venezuela: Nicolás Maduro disse na terça-feira que 17 pessoas foram detidas por um ataque contra a campanha de um candidato presidencial opositor (Rayner Pena/Reuters)

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Reuters

Publicado em 4 de abril de 2018 às 09h13.

Última atualização em 4 de abril de 2018 às 09h14.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na terça-feira que 17 pessoas foram detidas por um ataque contra a campanha de um candidato presidencial opositor, mas rejeitou acusações de que capangas pró-governo foram culpados pelos distúrbios antes da votação de maio.

O chefe de segurança do candidato de oposição Henri Falcón sofreu um ferimento "grave" na cabeça durante um evento de campanha em Catia, bairro violento de Caracas, na segunda-feira. Falcón acusou apoiadores do governo de agredirem Teodoro Campos, que também é parlamentar, com um soco-inglês. Campos foi hospitalizado às pressas e se encontra estável, segundo Falcón.

"Posso dizer que há 17 pessoas presas e que todo aquele que ousar atacar a campanha do candidato presidencial Henri Falcón verbal ou fisicamente será punido com a prisão", disse Maduro em um discurso na televisão estatal, sem dar detalhes sobre as detenções.

Maduro refutou as alegações de que grupos militantes populares conhecidos como "coletivos" estiveram por trás do ataque.

"Se alguém diz ser chavista ou membro de um coletivo e faz o que aquele grupo fez ontem em Catia, em Caracas, então não é chavista. Pode ser um infiltrador na folha de pagamento da direita", afirmou Maduro, que acusa seus adversários frequentemente de tentarem sabotar sua Presidência supostamente estocando bens, interferindo com a geração de energia e alimentando a violência.

Críticos dizem que o líder de esquerda arruinou a economia da nação rica em petróleo devido à interferência estatal ineficiente e corrupta, mas que se recusa a assumir a responsabilidade pelo colapso da Venezuela.

Falcón espera derrotar Maduro, ex-motorista de ônibus e líder sindical, na eleição de 20 de maio, que o resto da oposição está boicotando com o argumento de que o processo eleitoral está sendo manipulado a favor do governo.

Muitos opositores desconfiam de Falcón, que já foi membro dos socialistas governistas, e dizem que ele é um fantoche de Caracas usado para legitimar uma eleição injusta. Falcón, porém, diz que os rivais de Maduro precisam se unir para tentar derrotá-lo nas urnas e provocar uma mudança pacífica na nação.

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