O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, anunciou nesta quinta-feira, 17, a prisão de 19 estrangeiros, chamados por ele de “mercenários”, acusados de participação em supostos planos para derrubar o ditador Nicolás Maduro. Além das detenções, que ocorreram no mês passado, Cabello confirmou a apreensão de 71 armas de fogo.
"Capturamos mais pessoas envolvidas em planos terroristas contra o país", afirmou Cabello, em entrevista coletiva
O ministro também acusou as agências de inteligência da Espanha, dos EUA, os ex-presidentes da Colômbia Álvaro Uribe e Iván Duque e a líder da oposição, María Corina Machado, de financiarem os supostos planos.
"Nada se faz sem a autorização da senhora María Corina Machado", disse. "A senhora Machado está ciente de tudo isso, mas não lhe convém dizê-lo, ela está ciente de todos os danos que se pretende causar à Venezuela".
Segundo Cabello, 14 dos detidos estão sendo processados pela Justiça, e já forneceram ”informações que nos permitiram montar todo este quebra-cabeças com as suas ligações ao tráfico de armas e a todos estes criminosos do setor político”. O ministro disse que, desde o início das investigações, foram apreendidas mais de 500 armas vindas dos EUA.
Entre os presos estão os americanos Gregory David Weber, apontado como responsável por ciberataques contra instituições estatais, David Gutenberg Guillaume, que, segundo Cabello, tinha a missão de "prestar ajuda em caso de feridos nas atividades terroristas", e Jonathan Pagan González, acusado de buscar "atentar" contra Maduro e outros altos funcionários. O ministro mencionou ainda "vários colombianos" um peruano e um libanês entre os detidos.
"A condição dos novos mercenários é que falem espanhol. Essa é a nova condição para que venham à Venezuela", disse Cabello. "O plano é a derrubada da revolução bolivariana".
Mesmo antes da contestada eleição presidencial de 28 de julho, na qual Maduro foi declarado vencedor pela Justiça, mas cujos resultados estão sendo contestados pela oposição e parte da comunidade internacional, Caracas regularmente anunciava a descoberta de supostos planos para derrubar o presidente.
Após a votação, em meio ao recrudescimento da repressão aos oposicionistas, as prisões e acusações continuaram a ser “reveladas”: no dia 14 de setembro, três cidadãos americanos, dois espanhois e um tcheco foram presos, incluindo Wilbert Josep Castañeda, "militar ativo" dos Estados Unidos e apontado como "chefe" do plano.
Dois dias mais tarde, foi confirmada a prisão de um quarto americano.
"Os americanos detidos na Venezuela estão muito bem, melhor que os que estão em Guantánamo (base militar dos EUA em Cuba), todos estes cidadãos estrangeiros têm seus direitos respeitados — afirmou Cabello nesta quinta, ao se referir aos detidos. O fim está se aproximando para os grupos extremistas e recomendamos que não tentem nada. Estamos preparados para tomar as decisões que temos que tomar".
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Pessoas batem em panelas em manifestação após a eleição de Maduro, em Caracas, na segunda-feira
(Pessoas batem em panelas em manifestação após a eleição de Maduro, em Caracas, na segunda-feira)
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Um homem cobre o rosto com gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, na segunda-feira
(Um homem cobre o rosto com gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas, na segunda-feira)
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Manifestantes montaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.
(Manifestantes montaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.)
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Um manifestante chuta uma faixa de campanha do presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto em Valência, no estado de Carabobo.
(Um manifestante chuta uma faixa de campanha do presidente venezuelano Nicolás Maduro durante um protesto em Valência, no estado de Carabobo.)
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Policiais removem destroços durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Policiais removem destroços durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Um manifestante devolve à polícia uma lata de gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Um manifestante devolve à polícia uma lata de gás lacrimogêneo durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Manifestantes incendiaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes incendiaram uma barricada durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Opositor ao governo pisa num cartaz de campanha eleitoral com a imagem de Maduro durante um protesto no bairro Petare, em Caracas, na segunda-feira
(Opositor ao governo pisa num cartaz de campanha eleitoral com a imagem de Maduro durante um protesto no bairro Petare, em Caracas, na segunda-feira)
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9/20
Manifestantes entram em confronto com a polícia perto de um carro blindado da polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes entram em confronto com a polícia perto de um carro blindado da polícia durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Um policial carrega um colega ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Um policial carrega um colega ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.)
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11/20
Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Opositor do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Opositor do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.
(Os opositores do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro protestam no bairro Catia, em Caracas.)
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Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma panela durante um protesto no bairro Catia, em Caracas.
(Um oponente do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro bate uma panela durante um protesto no bairro Catia, em Caracas.)
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15/20
Um manifestante bate uma panela na cabeça durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Um manifestante bate uma panela na cabeça durante um protesto contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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16/20
Um policial cai no chão ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Um policial cai no chão ferido durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas..)
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Manifestantes participam de um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.
(Manifestantes participam de um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Valência, no estado de Carabobo.)
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Manifestantes queimam um cartaz publicitário durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.
(Manifestantes queimam um cartaz publicitário durante um protesto contra o governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro em Caracas.)
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Oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro entram em confronto com a polícia de choque durante um protesto no bairro de Catia, em Caracas.
(Oponentes do governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro entram em confronto com a polícia de choque durante um protesto no bairro de Catia, em Caracas.)
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Policiais protegem-se dos manifestantes durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.
(Policiais protegem-se dos manifestantes durante um protesto contra o governo do presidente Nicolás Maduro em Caracas.)