Veneza: cidade histórica é uma das mais visitadas do país e da Europa (Danny Lehman/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 5 de setembro de 2023 às 17h57.
Autoridades de Veneza anunciaram nesta terça-feira, 5, que irão testar um sistema no qual os turistas terão que pagar € 5 (R$ 27) para entrar na cidade histórica italiana. O objetivo do projeto é reduzir o grande fluxo de visitantes.
O Conselho Executivo da Câmara Municipal apoiou a iniciativa depois que a Unesco recomendou, em 31 de julho, adicionar Veneza à lista do patrimônio mundial ameaçado, em parte devido ao impacto do turismo de massa. A recomendação será discutida neste mês, durante a reunião do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco.Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente
"É necessário regular o fluxo de turistas em alguns períodos, mas isso não significa fechar a cidade", ressaltou o prefeito, Luigi Brugnaro. "Veneza estará sempre aberta a todos."
Longamente debatido, o projeto ainda precisa ser aprovado pela Câmara Municipal em seu conjunto. Muitos detalhes ainda estão indefinidos, como o número de ingressos que poderão ser reservados.
O Conselho concordou em testar o sistema por 30 dias, provavelmente durante os feriados e fins de semana da primavera e do verão de 2024. Ficarão isentos moradores, trabalhadores não residentes, estudantes e menores de 14 anos, bem como os turistas que pernoitarem na cidade.
"O objetivo é desencorajar o turismo diário em determinados períodos, dada a fragilidade e singularidade da cidade", explicaram autoridades locais. Os demais moradores da região do Vêneto provavelmente não terão que pagar, mas precisarão reservar a visita, assinalaram."
"Veneza será pioneira em nível global", declarou a vereadora Simone Venturini, ligada à área do turismo. Segundo ela, o projeto não visa ao lucro - uma vez que a taxa cobrirá apenas os custos do sistema-, e sim a encontrar "um novo equilíbrio entre os direitos de quem vive, estuda ou trabalha em Veneza, e os de quem visita a cidade".