Berlim - A promotoria de Munique investiga possíveis irregularidades na venda de entradas para a Copa do Mundo de 2006, que foi disputada na Alemanha, confirmou nesta segunda-feira um porta-voz do órgão.
O jornal "Welt am Sonntag" publicou ontem que o funcionário do Comitê Organizador que ficou responsável pela venda de ingressos, teria recebido dinheiro da empresa CTS Eventim, para que a escolhesse como parceira no processo de distribuição.
Além disso, a mesma publicação aponta que o funcionário estaria também envolvido na distribuição de 52 mil ingressos no mercado negro.
A promotoria não quis dizer se já conseguiu confirmar as suspeitas, nem o nome dos investigados, por se tratar de um inquérito que ainda está aberto.
No Brasil, a Polícia Civil do Rio de Janeiro acusou a Match Hospitality, empresa terceirizada da Fifa, de revenda ilegal de ingressos. Um dos diretores da empresa britânico Raymond Whelan chegou a ser preso.
A Match Hospitality foi a empresa escolhida pela Fifa para oferecer os ingressos do Mundial em pacotes reservados por empresas e para operar as acomodações hoteleiras para os jogadores das diferentes seleções e os dirigentes da entidade.
O executivo foi identificado como chefe do grupo por um advogado detido na operação que aceitou colaborar com as investigações em troca de redução nas penas.
Os membros da organização investigada estavam com ingressos que pertenciam a dirigentes de diversos países, confederações e empresas que tinham comprado pacotes. Essas entradas eram vendidas por preços muito superiores aos estabelecidos pela Fifa, como a Polícia Civil confirmou em escutas telefônicas.
Os ingressos eram administrados pelo empresário franco-argelino Mahamadou Lamine Fofana, que também chegou a ser detido.
Em seu telefone celular foram identificados dezenas de ligações para integrantes da Match Hospitality.
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1. A rocha da Europa
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1/9 (Wikimedia Commons)
São Paulo - Quando você pensa na
Alemanha, adversária do Brasil na semifinal de hoje, provavelmente lembra da cerveja ou de como o país superou uma história turbulenta para se tornar a economia mais sólida da
Europa. Mas o país tem muitos outros aspectos interessantes, como a discrição de suas campanhas políticas e um forte investimento em energia limpa. Veja a seguir 7 coisas que a Alemanha tem e o Brasil não tem:
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2. Alta competitividade
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2/9 (Sean Gallup/Getty Images)
Incentivo à
inovação,
infraestrutura de primeira e
educação de qualidade fazem com que a Alemanha apareça sempre perto do topo nos rankings de competitividade mundiais. Na lista da escola IMD com a Fundação Dom Cabral, por exemplo,
o país aparece em 6º lugar, enquanto o Brasil amarga a 54ª posição.
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3. Uma lei de pureza da cerveja
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3/9 (Sean Gallup/Getty Images)
Em 1516, foi aprovada na Bavária uma lei determinando que a fabricação de
cerveja só poderia ser feita com 3 elementos:
água, lúpulo e cevada. A regulação continua valendo (com algumas modificações) e é elemento de orgulho para os produtores do mercado alemão de cerveja,
o maior do mundo.
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4. 20% de estrangeiros na população
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4/9 (Adam Berry/Getty Images)
Em 2011,
12% da população alemã havia nascido fora da
União Europeia e
9% adicionais vinham de outros países do bloco. Ou seja,
um em cada cinco habitantes do país não era de lá originalmente. Já no Brasil, a taxa de estrangeiros na população é bem mais baixa: 0,5%, ou
uma em cada 200 pessoas.
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5. Rodovias sem limite de velocidade
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5/9 (Dirk Vorderstraße/WikimediaCommons)
Em pouco mais da metade do sistema de rodovias federais da Alemanha, conhecido como Autobahn, não há nenhum limite de velocidade para carros - um caso único no mundo. A questão divide os alemães. Além da segurança, preocupa o fato de que as altas velocidades aumentam a emissão de gases estufa.
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6. Um único anúncio de TV por candidato
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6/9 (Fabrizio Bensch/Reuters)
Na Alemanha, cada partido faz um único anúncio (discreto) de 90 segundos para ser exibido por toda a campanha, o orçamento de cada lado fica na faixa dos US$ 30 milhões e a publicidade negativa é muito rara. Muito diferente do Brasil, onde campanhas de centenas de milhões de reais criam dezenas de filmes muitas vezes apelativos.
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7. Forte tradição filosófica
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7/9 (Hulton Archive/Getty Images)
Você não precisa entender nada de filosofia para reconhecer que poucos países do mundo contribuíram tanto como a Alemanha para a evolução do pensamento ocidental. Basta uma lista de nomes: Friedrich Nietzsche, Arthur Schopenhauer, Immanuel Kant, Karl Marx, Georg Wilhelm Friedrich Hegel, Theodor Adorno, Jürgen Habermas e tantos mais.
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8. Destaque em energia solar
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8/9 (Sean Gallup/Getty Images)
Até pouquíssimo tempo atrás, a Alemanha era a
líder mundial em energia solar. Acabou atropelada pela
China, mas sua capacidade instalada continua invejável e chega a produzir
metade da demanda de eletricidade do país em determinados picos. O Brasil tem vários projetos no setor, mas ainda não o suficiente para se registrar como destaque.
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9/9 (Paulo Fridman/EXAME.com)