Boris Johnson discursa em cerimônia de abertura da COP 26, nesta segunda, dia 1º (ADRIAN DENNIS/AFP via Getty Images/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 1 de novembro de 2021 às 11h04.
Última atualização em 1 de novembro de 2021 às 13h05.
O domingo, dia 31, marcou o início da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, a COP 26, em Glasgow, na Escócia. O presidente do evento, o britânico Alok Sharma, chamou a atenção para os compromissos firmados em 2015, durante a COP 21, em Paris. “Seis anos atrás, em Paris, concordamos com um objetivo comum. Dissemos que protegeríamos as pessoas e a natureza dos efeitos das mudanças climáticas”, afirmou.
Nesta segunda, dia 1º, as cerimônias oficiais têm prosseguimento. O primeiro-ministro Boris Jonhson, do Reino Unido, discursou pela manhã diante de uma plateia de 100 chefes de Estado, diplomatas e especialistas, durante o evento de abertura e boas-vindas aos líderes mundiais.
"A humanidade atrasou há muito tempo o relógio em relação às mudanças climáticas e se não tomarmos providências agora, será tarde demais", afirmou. “"Estive em Paris, há seis, quando concordamos em fazer todo o possível manter o aquecimento globa em no máximo 1,5 graus Celsius. E todas essas promessas serão nada, só blá blá blá, a não ser que a COP 26 seja algo real sobre as mudanças climáticas. E podemos fazer isso”.
Nesta segunda, dia 1º, outros chefes de Estado devem discursar, entre eles Joe Biden, presidente dos Estados Unidos e Emmanuel Macron, da França. O pronunciamento do presidente chinês, Xi Jinping, que não comparecerá à conferência, foi feito por escrito e será lido no decorrer desta segunda-feira.
Angela Merkel, da Alemanha, Justin Trudeau, do Canadá, e Narendra Damodardas Modi, da Índia, também devem se pronunciar.
Na terça, dia 2, estão programados pronunciamentos de líderes de mais de 30 países, como o Japão, Noruega, Bélgica, Argentina, Colômbia, Zimbábue, Madagascar e Líbano.
Os outros dias deverão ser dedicados a reuniões multilaterais, negociações e debates sobre as mudanças climáticas. Na quarta, dia 3, a agenda do evento deverá ser dedicada ao papel do setor financeiro no combate ao aquecimento global, com foco em mecanismos de mitigação. Na quinta, dia 4, o tema será a transição energética, enquanto na sexta, dia 5, os olhares deverão estar voltados à importância da educação e a valorização das vozes dos mais jovens sobre o clima.
Durante a COP 26, que vai até o dia 12, haverá espaço também para encontros a respeito de ciência e inovação, soluções para adaptações às mudanças climáticas e da redução de emissão de gases do efeito estufa por veículos e o transporte em geral.
No dia 12, encerram-se as negociações – os resultados e acordos eventualmente fechados durante a conferência deverão ser anunciados na sequência.