Atentados terroristas: o último atentado na Bélgica foi em 2014, um homem abriu fogo na entrada de museu judeu de Bruxelas (REUTERS/Athit Perawongmetha)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2016 às 11h09.
Os atentados desta terça-feira em Bruxelas, que ainda não foram reivindicados, ocorrem em um contexto de ataques na Europa atribuídos ao movimento jihadista, cuja série começou em Madri em 2004.
Estes são os principais atentados ocorridos desde 2004:
- 11 de março de 2004 - Espanha: Uma dezena de bombas explodem às 07h40 em Madri e em seus subúrbios a bordo de quatro trens, deixando 191 mortos e cerca de 2.000 feridos.
O atentado é reivindicado por uma célula islamita radical em nome da Al-Qaeda.
- 7 de julho de 2005 - Reino Unido: Quatro atentados suicidas coordenados em horário de grande movimento em três trens do metrô e em um ônibus londrinos deixam 56 mortos e 700 feridos. São reivindicados por um grupo vinculado à Al-Qaeda.
- 11-19 março de 2012 - França: Nos dias 11 e 15 de março, Mohamed Merah, de 23 anos, dispara e mata três militares em Toulouse e em Montauban (sul), e depois, em 19 de março, três crianças e um professor da escola judaica Ozar Hatorah de Toulouse.
É abatido pelas forças de segurança no dia 22 de março após um cerco policial ao seu apartamento de 32 horas.
- 24 de maio de 2014 - Bélgica: Um homem abre fogo na entrada do museu judeu de Bruxelas deixando quatro mortos, incluindo um casal de turistas israelenses. O suposto autor, o franco-argelino Mehdi Nemmouche, é detido no sul da França e extraditado à Bélgica.
- 7-9 de janeiro de 2015 - França: Dois jihadistas franceses, os irmãos Kouachi, matam doze pessoas, incluindo cinco cartunistas, na sede da revista satírica Charlie Hebdo em Paris, alvo de ameaças de morte por ter publicado caricaturas de Maomé em 2006 e 2012. Os dois irmãos são abatidos pela polícia ao término de três dias de fuga.
Simultaneamente, outro jihadista francês, Amédy Coulibaly, mata 5 pessoas, um agente municipal na rua, e quatro judeus em um supermercado kasher, antes de ser morto.
Os três jihadistas reivindicam seu pertencimento à Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) ou ao grupo Estado Islâmico (EI).
- 14 de fevereiro de 2015 - Dinamarca: Omar El-Hussein, dinamarquês de origem palestina, abre fogo com uma arma automática contra um centro cultural no qual é realizada uma conferência com o tema "Arte, blasfêmia e liberdade".
O cineasta dinamarquês Finn Nørgaard morre no ataque e três policiais ficam feridos. O criminoso consegue escapar e durante a tarde mata um judeu, Dan Uzan, em frente a uma sinagoga, atingindo dois policiais. Horas mais tarde é abatido pela polícia.
- 13 de novembro de 2015 - França: 130 mortos e mais de 350 feridos em vários atentados, alguns deles cometidos por homens-bomba, em uma casa de shows, em bares e restaurantes do leste de Paris, e nos arredores do Stade de France, subúrbio ao norte da capital. O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou os ataques.