EUA: o incêndio na Califórnia destruiu mais de 6 mil imóveis (Stephen Lam/Reuters)
AFP
Publicado em 12 de novembro de 2018 às 14h55.
Última atualização em 12 de novembro de 2018 às 15h00.
Os incêndios florestais que desde a quinta-feira atingem a Califórnia, se encontram entre os mais letais nos Estados Unidos desde o começo dos anos 90. O balanço de um desses incêndios é, inclusive, o mais intenso no estado desde 1933.
O incêndio batizado de"Camp Fire", ao norte da Califórnia, deixou pelo menos 29 mortos, igualando o recorde de 1933 do "Griffith Park Fire", no condado de Los Angeles. Duas pessoas morreram no sul do estado, elevando o número total de mortos a pelo menos 31.
Outros incêndios causaram significativas perdas humanas nos Estados Unidos nos últimos 27 anos:
O incêndio "Carr", que começou em 23 de julho, a oeste da cidade de Redding, no extremo norte da Califórnia, matou oito pessoas, incluindo trêsbombeiros. O fogo durou cerca de seis semanas.
Segundo as autoridades, o incidente foi causado pela "falha mecânica de um veículo" que gerou faíscas em uma área que se tornou em um verdadeiro barril de pólvora devido à seca.
Mais ao sul, o maior incêndio registrado na Califórnia, o "Mendocino Complex", queimou cerca de 190.000 hectares em 27 de julho, causando a morte de duas pessoas.
Entre 8 e 16 de outubro de 2017, 42 pessoas morreram em 20 incêndios que arrasaram o coração do norte da Califórnia. Cerca de 10.000 edificações foram reduzidas a cinzas e 100.000 hectares arrasados.
O "Tubbs Fire", que se estendeu ao longo dos condados de Napa e Sonoma, regiões vinícolas muito turísticas, foi um dos incêndios mais fatais. O fogo avançou particularmente rápido, avivados por fortes ventos.
De 28 de novembro a 2 de dezembro de 2016, houve um incêndio no turístico Parque Nacional de Great Smoky Mountains, perto da fronteira entre Tennessee e Carolina do Norte. As chamas se propagaram rapidamente pelos fortes ventos e deixou 13 mortos.
Em 30 de junho de 2013, 19 bombeiros morreram em um gigantesco incêndio no Arizona (sudoeste) enquanto cavavam uma faixa para conter o fogo a cerca de 120 km a nordeste de Yarnell Hill, para impedir a expansão das chamas.
Este foi o pior balanço de bombeiros mortos nos Estados Unidos desde os ataques de 11 de setembro.
Intensos incêndios devastaram o sul da Califórnia durante duas semanas entre o final de outubro e o começo de novembro de 2003, deixando um saldo de 22 mortos, a maioria em San Diego e San Bernardino, e dois deles do lado mexicano da fronteira. Mais de 300.000 hectares foram destruídos pelos 17 incêndios e os custos superaram os 2 bilhões de dólares.
Em julho e agosto de 2000, 13 pessoas morreram em dezenas de incêndios nos estados de Califórnia, Idaho, Nevada, Montana, Wyoming e Flórida. No total, 560.000 hectares foram destruídas, com perdas de até 1 bilhão de dólares.
De 6 de julho a 9 de agosto de 1994, 20 bombeiros morreram no oeste do país em um incêndio que arrasou um milhão de hectares na Califórnia, Montana, Idaho, Oregon, Utah, Nevada e no estado de Washington.
O pior balanço foi registrado em 6 de julho em Glenwood Springs, Colorado, onde as chamas mataram 14 bombeiros.
Entre 20 e 22 de outubro de 1991, 25 pessoas morreram em um incêndio que se desatou em colinas sobre a cidade de Oakland, Califórnia, causando estragos em quase 3.000 edificações.