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Vaticano proíbe que cinzas sejam espalhadas ou guardadas em casa

Os fiéis estão proibidos de espalhar as cinzas e, inclusive, o funeral pode ser negado caso isso seja decidido

Cinzas: embora a Igreja Católica siga preferindo o sepultamento dos mortos, a cremação é aceita (Chris Hondros/Getty Images)

Cinzas: embora a Igreja Católica siga preferindo o sepultamento dos mortos, a cremação é aceita (Chris Hondros/Getty Images)

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EFE

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 09h16.

Última atualização em 25 de outubro de 2016 às 18h02.

Cidade do Vaticano - A Igreja Católica proibiu nesta terça-feira que os fiéis espalhem as cinzas de mortos cremados ou que conservem em suas próprias casas, segundo um novo documento aprovado pelo Papa Francisco.

A Congregação para a Doutrina da Fé redigiu um novo texto com o nome "Instrução Ad resurgendum cum Christo", atualizando o anterior, de 1963, perante novas práticas de sepultamento e de cremação consideradas em "desacordo com a fé da Igreja".

No documento, divulgado hoje, se explica que, embora a Igreja Católica siga preferindo o sepultamento dos mortos, a cremação é aceita. Porém, os fiéis estão proibidos de espalhar as cinzas e, inclusive, o funeral pode ser negado caso isso seja decidido.

"Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não será permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água ou, ainda, em qualquer outro lugar. Exclui-se ainda a conservação das cinzas cremadas sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objetos", orienta o texto divulgado hoje e aprovado pelo pontífice.

O consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, Ángel Rodrígez Luño, explicou que a conservação das cinzas em casa só pode ser permitida em casos de "graves e excepcionais circunstâncias", em que uma pessoa faça esse pedido por "piedade ou proximidade".

Para a Igreja Católica, a conservação das cinzas em cemitérios ou em outros locais "favorece a memória e a oração pelos defuntos da parte dos seus familiares e de toda a comunidade cristã".

"Por outro lado, deste modo, se evita a possibilidade de esquecimento ou falta de respeito que podem acontecer, sobretudo depois de passar a primeira geração, ou então cair em práticas inconvenientes ou supersticiosas", afirma o texto.

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