Mundo

Vários soldados norte-coreanos feridos e capturados morreram na Ucrânia, afirma Zelensky

Presidente ucraniano denunciou 'loucura das ditaduras', que enviam soldados para morrer 'em combates na Europa'

Volodymyr Zelensky
Presidente da Ucrânia


Foto: Leandro Fonseca
Data: setembro 2024 (Leandro Fonseca/Exame)

Volodymyr Zelensky Presidente da Ucrânia Foto: Leandro Fonseca Data: setembro 2024 (Leandro Fonseca/Exame)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 27 de dezembro de 2024 às 19h01.

Última atualização em 27 de dezembro de 2024 às 19h07.

Vários soldados norte-coreanos feridos morreram nesta sexta-feira na Ucrânia após terem sido capturados, anunciou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que acusou a Rússia de proporcionar a esses militares uma "proteção mínima".

"Vários soldados norte-coreanos morreram hoje. Nossos soldados conseguiram capturá-los, mas estavam gravemente feridos e não puderam ser salvos", declarou Zelensky em seu discurso diário.

O presidente ucraniano denunciou também "a loucura das ditaduras", que enviam soldados para morrer "em combates na Europa". Segundo Kiev, 12 mil soldados norte-coreanos, incluindo "cerca de 500 oficiais e três generais", estão posicionados na província russa de Kursk, onde o Exército ucraniano conduz uma ofensiva desde agosto.

Até o momento, nem a Rússia nem a Coreia do Norte confirmaram a presença desses efetivos no conflito.

"Eles têm muitas baixas. Muitas. E vemos que o Exército russo e os supervisores norte-coreanos não se importam minimamente com a sobrevivência" desses soldados, acrescentou Zelensky. "Estão fazendo de tudo para dificultar que capturemos norte-coreanos. Os russos os enviam com uma proteção mínima", acusou.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, confirmou, por sua vez, a estimativa da Coreia do Sul de que cerca de 1 mil soldados de Pyongyang foram mortos ou feridos "somente na semana passada" durante os combates em Kursk. Segundo Kirby, os comandantes militares da Rússia e da Coreia do Norte têm usado essas tropas como bucha de canhão, ordenando ataques inúteis contra as defesas ucranianas.

Na manhã desta sexta-feira, os serviços de inteligência da Coreia do Sul informaram que um soldado norte-coreano capturado em 26 de dezembro enquanto lutava ao lado das forças russas não resistiu aos ferimentos. Sua captura foi o primeiro caso conhecido desde que Kiev e os países ocidentais afirmaram que Pyongyang havia enviado tropas.

O envolvimento de um Exército estrangeiro no conflito representa uma escalada considerável na invasão iniciada pela Rússia há quase três anos e que entra em uma fase crítica com o retorno de Donald Trump à Casa Branca dentro de menos de um mês.

Acompanhe tudo sobre:RússiaUcrâniaGuerras

Mais de Mundo

Trump assina ordens impondo tarifas de 25% para México e Canadá e 10% para a China

Trump diz que Venezuela 'aceitou' receber migrantes deportados, incluindo criminosos

Papa Francisco se desequilibra após quebrar parte da bengala

Israel pede informações de crianças reféns após libertação de pai neste sábado