Imigração: "É meu dever, é minha responsabilidade atuar e nós não vamos nos deixar intimidar por ameaças do governo federal", disse o procurador-geral de Washington (Reuters/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de março de 2017 às 18h37.
Washington - Washington, Oregon e Nova York anunciaram nesta quinta-feira que se unirão ao Havaí para entrar com processos contra o novo decreto migratório do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que proíbe a entrada no território americano de cidadãos de seis países muçulmanos, além de suspender temporariamente o programa de amparo a refugiados.
"É meu dever, é minha responsabilidade atuar e nós não vamos nos deixar intimidar por ameaças do governo federal", disse hoje em entrevista coletiva o procurador-geral de Washington, Bob Ferguson.
Washington, junto com Minnesota, conseguiram bloquear o primeiro decreto migratório de Trump, assinado no último dia 27 de janeiro e suspenso pela Corte de Apelações do Novo Circuito, com sede em San Francisco, na Califórnia.
Por enquanto, quatro estados disseram que se unirão ao Havaí na briga contra Trump. No entanto, os procuradores-gerais desses estados - todos governados por democratas - não informaram se outras entidades locais participarão do processo conjunto.
Em entrevista coletiva, o procurador-geral de Washington disse que entrará com a ação no distrito do oeste do estado, sob a responsabilidade do juiz James Robart, e buscará que a suspensão já determinada por ele no último dia 3 de fevereiro contra a primeira ordem executiva de Trump seja estendida.
O procurador-geral de Nova York, Eric Schneiderman, anunciou em comunicado que ele e a procuradora-geral de Minnesota, Lori Swanson, se unirão ao processo movido por Washington.
"A última ordem executiva do presidente Trump é uma proibição muçulmana com outro nome", disse Schneiderman.
O estado de Havaí, também controlado pelos democratas, se tornou ontem o primeiro a apresentar uma ação contra o novo decreto de Trump, que entrará em vigor na próxima quinta-feira.