Hillary: o FBI revelou muito pouco ao público sobre esses novos emails (Charles Mostoller / Jonathan Ernst / Reuters)
Reuters
Publicado em 31 de outubro de 2016 às 20h10.
Nova York - A vantagem da democrata Hillary Clinton na corrida presidencial norte-americana teve uma leve oscilação desde que o FBI disse no fim da semana passada que examinava novos emails na investigação sobre a ex-secretária de Estado, segundo pesquisa de opinião Reuters/Ipsos divulgada nesta segunda-feira.
Hillary tinha uma vantagem de 5 pontos percentuais sobre o seu rival republicano, Donald Trump, de acordo com a pesquisa de 26 a 30 de outubro, menos do que os 6 pontos percentuais registrados na pesquisa de cinco dias na última quinta-feira.
Outros levantamentos também mostraram a vantagem de Hillary caindo durante o fim de semana. O Real Clear Politics, que calcula uma média dos resultados das principais pesquisas, mostra uma redução da vantagem da democrata de 4,6 pontos na sexta para 2,5 na segunda-feira.
O diretor do FBI, James Comey, declarou ao Congresso numa carta tornada pública na sexta-feira que a agência estava examinando novos emails que poderiam estar associados a Hillary, que foi investigada pelo FBI por conta do seu uso de um servidor pessoal e pela forma com a qual tratou informação confidencial quando secretária de Estado.
O FBI revelou muito pouco ao público sobre esses novos emails, com exceção de que eles foram descobertos durante investigação separada sobre o ex-marido de uma importante assessora de Hillary.
Em julho, Comey concluiu que Hillary e o pessoal dela foram "extremamente descuidados" no tratamento de informações confidenciais, mas que não havia evidências suficientes para um processo criminal. Na sexta, Comey disse ao Congresso: "Não sabemos o quão significativo é essa recentemente descoberta coleção de emails".
Segundo a pesquisa, 44 por cento de prováveis eleitores afirmaram que apoiariam Hillary, enquanto 39 por cento disseram que favoreceriam Trump. Numa outra pesquisa com candidatos de partidos alternativos, 43 por cento se declararam por Hillary, 37 por cento por Trump, 6 por cento pelo libertário Gary Johnson, e 1 por cento por Jill Stein, do Partido Verde.
A pesquisa determina os prováveis votantes de acordo com vários fatores, incluindo histórico eleitoral, status do registro e intenção declarada de votar. Ela presume que 60 por cento dos eleitores norte-americanos vão votar. O resultado de 2016 vai variar bastante dependendo de quantos eleitores realmente votarem.
Atualmente, Hillary lidera tanto num cenário de alto comparecimento quanto num de baixo, de acordo com a última pesquisa. A vantagem dela seria 5 pontos se 55 por cento votarem e aumentaria para 6 pontos se 70 por cento votarem.
A pesquisa Reuters/Ipsos foi feita online, em inglês, em todos os 50 Estados. Ela ouviu 1.264 pessoas consideradas prováveis votantes, sob a suposição de que 60 por cento dos eleitores votariam. A pesquisa tem um intervalo de credibilidade, uma medida de precisão, de três pontos.