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Valência demite 40% dos servidores

De acordo com o governo valenciano, a economia com gastos de pessoal com as demissões ficará entre 80 milhões e 100 milhões


	Manifestantes protestam em Valência no começo do ano contra problemas econômicos e sociais: dívida é calculada em € 21,4 bilhões
 (Jose Jordan/AFP)

Manifestantes protestam em Valência no começo do ano contra problemas econômicos e sociais: dívida é calculada em € 21,4 bilhões (Jose Jordan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2012 às 10h24.

Madri - A situação das regiões espanholas se deteriora com velocidade impressionante. Ontem, dois fatos novos dão a dimensão da situação do país. Valência anunciou a demissão de 40% dos servidores públicos e as Ilhas Baleares fizeram um pedido de resgate financeiro.

O governo da região de Valência anunciou que demitirá 3 mil funcionários públicos. "A redução de pessoal atingirá quase 40% dos 7.555 servidores", diz a administração regional em comunicado.

De acordo com o governo valenciano, a economia com gastos de pessoal com as demissões ficará entre 80 milhões e 100 milhões. A administração regional informou ainda que vai fechar ou fundir 46 instituições públicas, o que reduzirá o número de empresas estatais e fundações para 30.

O estouro da bolha imobiliária em 2008 atingiu toda a Espanha, em especial a região de Valência, a segunda mais endividada, atrás somente da Catalunha.

A dívida de Valência é calculada em € 21,4 bilhões. No último inverno, suas escolas ganharam as manchetes dos jornais porque os alunos tiveram de usar cobertores nas salas de aula para se aquecer, já que as contas do serviço de calefação não haviam sido pagas.

A TV pública de Valência também anunciou o corte de 1,2 mil empregos, e a agência de turismo da região vai demitir outros 300, segundo informou o jornal El País.

Já as Ilhas Baleares afirmaram ontem que vão pedir uma ajuda de € 355 milhões ao governo central do país, para ajudar a cobrir dívidas que estão vencendo. A informação foi divulgada pela agência de notícias EFE, citando o vice-secretário de Economia do governo balear, Josep Ignasi Aguiló.

Com o pedido das Ilhas Baleares, sete administrações regionais já recorreram ao Fundo de Liquidez Autônomo (FLA), criado em julho. As outras seis são: Andaluzia, Catalunha, Múrcia, Valência, Ilhas Canárias e Castela-La Mancha. 

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