A Bolívia vive o pico de uma quarta onda de infecções desde novembro e, segundo a autoridade, a taxa de mortalidade foi de 0,8%, bem abaixo das três ondas anteriores (Gaston Brito/Getty Images)
AFP
Publicado em 3 de janeiro de 2022 às 18h31.
Última atualização em 3 de janeiro de 2022 às 19h22.
As campanhas maciças e gratuitas de vacinação contra a covid-19 reduziram o índice de mortalidade na Bolívia, afirmou o governo nesta segunda-feira, 3, quando a apresentação do certificado de imunização passou a ser exigida nos setores públicos e privados.
A semana passada foi a de "mais casos de covid na história da Bolívia e a semana com a menor taxa de mortalidade, graças à vacina", disse o ministro da Saúde, Jeyson Auza, em entrevista coletiva.
O país registrou o recorde histórico de toda a pandemia na quinta-feira, com 7.980 infectados em um único dia.
A Bolívia vive o pico de uma quarta onda de infecções desde novembro e, segundo a autoridade, a taxa de mortalidade foi de 0,8%, bem abaixo das três ondas anteriores.
Segundo ele, na primeira onda (julho-agosto de 2020), o índice foi de 6,2%; na segunda (dezembro de 2020 a janeiro de 2021), foi de 2,7%, mesmo número registrado na terceira onda (maio-junho de 2021).
De acordo com dados do Ministério da Saúde, até domingo mais de 614.940 pessoas foram infectadas e mais de 19.730 morreram, em uma população total de 11,5 milhões de habitantes.
Segundo Auza, “a vacinação mostra que as pessoas estão morrendo menos”.
Dados oficiais indicam que 3,6 milhões com mais de 18 anos receberam duas doses da vacina e 983.510 pessoas uma única dose, o que representa 40% da população boliviana.
A imunização também se estendeu à crianças a partir dos 5 anos de idade.
O vice-presidente da Bolívia, Aymara David Choquehuanca, recebeu sua primeira dose da vacina nesta segunda-feira. Ele voltou a afirmar que foi infectado duas vezes e que foi curado com o uso de remédios ancestrais e até dióxido de cloro.
As repartições públicas e privadas passaram a exigir a partir desta segunda-feira o cartão de vacinação, conforme decreto presidencial aprovado há duas semanas. A regra entrou em vigor em 1º de janeiro.
O governo criou um aplicativo para que as pessoas possam baixar o documento e imprimi-lo em papel.