Imagem de reunião de líderes do G7, na Grã-Bretanha. (Jack Hill/Pool/Reuters)
AFP
Publicado em 13 de junho de 2021 às 15h27.
Vacinas, prevenção de pandemias, emergência climática, ameaças russas e chinesas: estas são as principais conclusões da cúpula do G7 na Cornualha, no sudoeste da Inglaterra.
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O G7 prometeu distribuir "mais de um bilhão de doses" de vacinas contra a covid-19 até o final de 2022, de acordo com Boris Johnson, seja diretamente (870 milhões de doses) ou por meio de financiamento. Isso elevará seu compromisso total desde o início da pandemia para dois bilhões de doses.
A França garantiu que está dobrando sua promessa, aumentando para 60 milhões de doses até o final de 2021.
Os líderes também pediram uma investigação mais aprofundada da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a origem da covid-19 na China.
Além disso, discutiram os meios para prevenir outros desastres sanitários, aumentando a capacidade de produção de vacinas e melhorando os sistemas de detecção.
A meta é poder desenvolver testes, tratamentos e vacinas em menos de 100 dias, ante 300 para a pandemia do coronavírus.
As grandes potências querem acelerar o ritmo, mas não estabeleceram objetivos específicos. Apoiam a ideia de uma "revolução verde" criando empregos e limitando o aquecimento global a 1,5 grau, um limite além do qual os cientistas acreditam que as mudanças climáticas se tornarão incontroláveis.
Os países do G7 se comprometem a se tornar neutros em carbono até 2050, o mais tardar, e a reduzir suas emissões de CO2 em 50% até 2030, em comparação com 2010.
E pedem o fim até 2021 do financiamento de projetos de carvão para produzir eletricidade que não usariam tecnologias (captura e armazenamento de CO2) para reduzir suas emissões.
E querem ser mais rápidos na proibição de novos veículos a diesel e gasolina e na transição para veículos elétricos. Sobre a biodiversidade, a meta é preservar ou proteger pelo menos 30% das terras e oceanos até 2030.
O G7 reafirma o objetivo dos países desenvolvidos de mobilizar 100 bilhões de dólares por ano em fundos públicos e privados até 2025 para ajudar na transição energética dos países pobres.
As grandes potências querem ajudar os países em desenvolvimento, seja em clima, saúde, segurança, tecnologia digital ou igualdade.
Prometem propostas concretas no outono, para um projeto visto como uma resposta à influência da China sobre os países pobres por meio de seu projeto de investimento "Novas Rotas da Seda".
Ao mesmo tempo, o G7 gostaria de poder mobilizar 100 bilhões de dólares para ajudar os países desfavorecidos, especialmente na África, a se recuperar da pandemia, redirecionando parte da nova emissão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de 650 bilhões de dólares em direitos especiais de saque (SDRs).
O G7 pediu a Pequim que "respeite os direitos humanos" da minoria uigur muçulmana na região de Xinjiang e em Hong Kong, embora esteja disposto a cooperar com Pequim quando "for de interesse mútuo".
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu homólogo francês, Emmanuel Macron, tomaram cuidado logo após a conclusão da cúpula de esclarecer que o G7 não está em "conflito" com a China.
O G7 apela Moscou a "cessar suas atividades desestabilizadoras", incluindo interferência política, a respeitar os direitos humanos e "responsabilizar" os autores de ataques cibernéticos em seu solo.
O G7 pretende representar a democracia, a liberdade, a igualdade, o Estado de Direito e o respeito pelos direitos humanos. Insiste na defesa da igualdade de gênero e quer dar educação a 40 milhões de meninas, mobilizando pelo menos 2,75 bilhões de dólares.
Os líderes apoiaram um sistema tributário internacional mais justo. Isso é o que seus ministros das Finanças propuseram na semana passada, por meio de um imposto global mínimo de pelo menos 15% sobre as empresas, e uma tributação mais eficaz dos gigantes digitais.
O G7 apoia a realização das Olimpíadas de Tóquio (23 de julho a 8 de agosto), adiadas por um ano devido à pandemia. Os líderes querem que o evento seja "um símbolo de unidade global para superar a covid-19".