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USP lança portal com 1,3 mil teses sobre temas que serão tratados na Rio+20

O material, produzido entre junho de 1992 e setembro de 2011, pode ser consultado no site http://citrus.uspnet.usp.br/usprio+20

De acordo com informações do portal, o primeiro pico de produção de teses e dissertações sobre mudanças climáticas ocorreu em 1998, seis anos após a Rio 92 (Creative Commons/Pink Sherbet)

De acordo com informações do portal, o primeiro pico de produção de teses e dissertações sobre mudanças climáticas ocorreu em 1998, seis anos após a Rio 92 (Creative Commons/Pink Sherbet)

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Da Redação

Publicado em 6 de maio de 2012 às 15h59.

São Paulo – A Universidade de São Paulo está lançando um portal com cerca de 1,3 mil teses e dissertações de mestrado e doutorado sobre temas que serão tratados durante a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

O material, produzido entre junho de 1992 e setembro de 2011, pode ser consultado no site http://citrus.uspnet.usp.br/usprio+20, que permite realizar buscas por autor, resumo e palavras-chave, além do download das pesquisas completas. O portal está disponível também em inglês.

“É a primeira experiência [da USP] nesse sentido. Uma forma de fazer a USP estar presente no debate da Rio + 20. São trabalhos científicos de várias ordens que foram articulados, reunidos e disponibilizados para a sociedade e para os tomadores de opinião. Vai auxiliar organizações não governamentais [ONGs], políticos e a sociedade civil. Essa foi a nossa intenção principal”, destacou um dos coordenadores do projeto, o professor titular de geografia da USP, Wagner Costa Ribeiro.

Segundo dados do novo portal, a temática mudanças climáticas só foi percebida pelos programas de pós-graduação da universidade a partir de 1996, como um possível reflexo das discussões realizadas na Rio-92 (a Conferência da ONU para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada no Rio em 1992).

“Nós identificamos alguns momentos de pico na produção científica. A gente acredita que há relação direta com as discussões que estavam ocorrendo na época. Dá para associar claramente a discussão dos temas das grandes conferências com a produção nossa aqui”, acrescentou o professor.

De acordo com informações do portal, o primeiro pico de produção de teses e dissertações sobre mudanças climáticas ocorreu em 1998, seis anos após a Rio 92. Depois, houve um ligeiro declínio até 2001. Em 2002 ocorreu o segundo pico de produção. Depois desse ano, houve uma redução até 2006, quando um novo ciclo de crescimento foi observado, até o terceiro pico, alcançado em 2009.

“Interessante apontar que 2002 foi o ano da Conferência Mundial para o Desenvolvimento Sustentável, reunião realizada em Johanesburgo, que teve como meta avaliar os avanços da Rio-92. Em 2009 ocorreu a reunião de Copenhague sobre mudança climática, que teve ampla repercussão na época, o que pode ter influenciado os trabalhos dos anos seguintes”, analisou Ribeiro.

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