Rodolfo Nin Novoa: "essa taxa já foi aplicada no Mercosul. Não é uma medida protecionista, mas de caráter fiscal, e tem um impacto mínimo" (Loey Felipe / AFP/AFP)
EFE
Publicado em 20 de dezembro de 2017 às 17h51.
Brasília - O ministro de Relações Exteriores do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, defendeu nesta quarta-feira perante o Mercosul a aplicação do seu país da "taxa consular", imposto que será aplicado em diversos bens importados com tarifas de 3% a 5%.
"Essa taxa já foi aplicada no Mercosul. Não é uma medida protecionista, mas de caráter fiscal, e tem um impacto mínimo", declarou Nin Novoa em entrevista coletiva ao lado dos ministros da mesma pasta de Brasil, Argentina e Paraguai, realizada no marco de uma reunião de chanceleres prévia à Cúpula presidencial do Mercosul.
Tanto a imprensa brasileira quanto a imprensa Argentina repercutiram o suposto desconforto causado nos governos e entre os empresários de ambos os países pela chamada "taxa consular", que começará a valer em 1º de janeiro.
No entanto, o ministro uruguaio negou que exista algum tipo de ressentimento e fez a declaração ao lado dos chanceleres dos outros três países do Mercosul, que simplesmente assentiram em silêncio.
"Reiterei que a taxa consular é uma medida transitória, não protecionista e de caráter fiscal. Os demais países entenderam", declarou Nin Novoa.
A reunião de hoje acontece antes da cúpula que de amanhã em Brasília, na qual o presidente Michel Temer receberá os presidentes de Argentina, Mauricio Macri; Paraguai, Horacio Cartes; e Uruguai, Tabaré Vázquez.
Também participarão os presidentes da Bolívia, Evo Morales; e da Guiana, David Granger; assim como representantes do Chile, da Colômbia, do Equador, do Peru e do Suriname, todos países que mantêm status de Estados associados ao bloco, do qual a Venezuela foi suspensa.