Universidade da Virgínia: a matéria, “A Rape On Campus” (Um Estupro no Campus), desencadeou um debate nacional sobre a violência sexual (Creative Commons/tldagny)
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2015 às 17h33.
Por Ian Simpson - Um representante da Universidade da Virgínia entrou com um processo de difamação contra a revista Rolling Stone, uma empresa do mesmo grupo e uma repórter nesta terça-feira, solicitando uma indenização de 7,85 milhões de dólares, em reação a uma reportagem já desacreditada sobre um estupro coletivo no campus da entidade.
A ação civil afirma que Nicole Eramo, reitora-associada dos estudantes, foi difamada pela Rolling Stone, pela Wenner Media e pela repórter Sabrina Rubin Erdely no artigo de novembro de 2014 sobre um suposto estupro grupal ocorrido em 2012 na fraternidade Phi Kappa Psi.
A matéria, “A Rape On Campus” (Um Estupro no Campus), desencadeou um debate nacional sobre a violência sexual em universidades norte-americanas.
Em dezembro, depois de questionamentos sobre a veracidade da história, a Rolling Stone pediu desculpas pelas “discrepâncias” no relato e admitiu que jamais ouviu os sete homens acusados pela suposta agressão.
Uma análise da Universidade Columbia encomendada pela Rolling Stone no mesmo mês e divulgada em abril mencionou lapsos da reportagem e da edição da revista.
O relatório foi escrito por Steve Coll, reitor da escola de jornalismo de Columbia, Derek Kravitz, pesquisador da pós-graduação da escola, e Sheila Coronel, reitora acadêmica da escola.
A ação, apresentada na Corte Estadual de Charlottesville, no Estado da Virgínia, postulou que a Rolling Stone, a Wenner Media e Sabrina tentaram retratar a Universidade da Virginia como uma instituição indiferente a estupros no campus.