Militares montam guarda na região da Crimeia, na Ucrânia: parlamento da Crimeia aprovou resolução na qual se declara independente da Ucrânia (David Mdzinarishvili/Reuters)
Da Redação
Publicado em 17 de março de 2014 às 09h55.
Simferopol - As unidades militares ucranianas no território da Crimeia serão dissolvidas, mas os militares poderão continuar a viver na península se desejarem, disse nesta segunda-feira o presidente do legislativo crimeano, Vladimir Konstantinov.
"Tudo o que se encontra aqui no território, claro, nacionalizaremos. As unidades militares serão dissolvidas, e os que quiserem podem continuar a viver aqui, por favor", afirmou Konstantinov, que acrescentou que "será um processo de reorganização normal".
Ele também deu as boas-vindas aos militares que quiserem jurar lealdade à nova formação autoproclamada. E assinalou que os militares ucranianos que desejarem ficar na península "encontrarão um exército normal, sério, e terão a oportunidade de obter um bom salário, digno e de servir a nossa pátria".
O parlamento da Crimeia aprovou hoje uma resolução na qual se declara independente da Ucrânia e pede oficialmente a anexação à Rússia.
"A república da Crimeia se dirige à Federação Russa pedindo que seja aceita no seio da Rússia na qualidade de nova entidade", assinalou o texto da resolução.
A resolução foi ratificada em uma sessão extraordinária do legislativo, em que também foi decidido que a Crimeia adotará o fuso horário de Moscou, e não o de Kiev como até agora, a partir de 30 de março.
A declaração de independência aconteceu depois de 96,77% dos crimeanos que participaram do referendo deste domingo votarem a favor da reunificação com a Rússia.