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Unicef pede que companhias áreas aceitem transportar ajuda à Somália

Segundo o fundo, o transporte aéreo de alimentos terapêuticos que podem salvar a vida de milhares crianças na região é "muito custoso"

Criança descansa ao lado de latas de óleo vazias em campo de refugiados: seria necessário levar 400 toneladas de alimentos por semana por avião, segundo a Unicef (Oli Scarff/Getty Images)

Criança descansa ao lado de latas de óleo vazias em campo de refugiados: seria necessário levar 400 toneladas de alimentos por semana por avião, segundo a Unicef (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 09h48.

Genebra - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pediu nesta terça-feira às companhias áreas que aceitem transportar de forma gratuita ou por tarifas reduzidas os alimentos terapêuticos que podem salvar a vida de crianças vítimas da crise da fome na Somália.

"Há 2,3 milhões de crianças com desnutrição aguda na região do Chifre da África e mais de 500 mil morrerão se não receberem ajuda nas próximas semanas", alertou a porta-voz do organismo, Marixie Mercado, durante entrevista coletiva em Genebra, acrescentando que "com alimentação terapêutica, uma criança pode se recuperar em quatro ou seis semanas".

"Mensalmente temos cinco mil toneladas de alimentos terapêuticos e com suplementos (em vitaminas e minerais) em nossos armazéns da Bélgica, França e Itália, o que é suficiente para tratar 300 mil crianças desnutridas. Precisamos levar esta comida a Nairóbi o mais rápido possível, ou seja, por via área", disse Marixie.

No entanto, o transporte aéreo é "extremamente custoso", destacou a porta-voz, que lamentou que as operações do Unicef para combater esta crise não estejam suficientemente financiadas.

"A Unicef tem um déficit de US$ 200 milhões em relação ao pedido de fundos por US$ 340 milhões", detalhou.

Para fundamentar o pedido do organismo, a porta-voz considerou que custa US$ 350 mil transportar 100 toneladas de alimentos terapêuticos da França para Nairóbi por via aérea, o que equivale ao valor da carga.

Para compensar o atraso com o qual foi chegando a assistência humanitária à Somália e aos países vizinhos afetados pela seca - e também pelo fluxo de dezenas de milhares de refugiados somalis nas últimas semanas - seria necessário levar 400 toneladas de alimentos por semana por avião, declarou Marixie.

Em nome do Unicef, a porta-voz elogiou as companhias British Airways, Lufthansa, UPS e Virgin, que "se ofereceram para transportar entre cinco e 15 toneladas de alimentos por semana por um período limitado".

Paralelamente a sua aproximação aos operadores aéreos, o organismo humanitário também avalia a alternativa do transporte marítimo, apesar da urgência da situação.

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