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Unicef diz que 700 crianças refugiadas chegam por dia à UE

A organização detalhou que em junho havia uma criança para cada dez imigrantes e refugiados que cruzavam a fronteira da Grécia


	Refugiada com criança no colo: "O número de crianças e mulheres aumentou de maneira constante"
 (REUTERS/Leonhard Foeger)

Refugiada com criança no colo: "O número de crianças e mulheres aumentou de maneira constante" (REUTERS/Leonhard Foeger)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2015 às 07h55.

Genebra - Cerca de 700 crianças chegam diariamente à Europa em busca de refúgio, e entre janeiro e setembro deste ano o número chegou a 214 mil, informou nesta segunda-feira a Agência das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

"O número de crianças e mulheres aumentou de maneira constante e não há perspectivas que isso termine", afirmou o organismo que presta socorro humanitário aos menores imigrantes e refugiados em sua travessia à Europa.

A organização detalhou que em junho havia uma criança para cada dez imigrantes e refugiados que cruzavam a fronteira da Grécia à Macedônia, proporção que recentemente passou para uma a cada três.

"Esta gente jovem está determinada a buscar uma vida melhor, mas seu futuro fica por um fio quando realizam a jornada pela Europa. Não podemos dar as costas para essas pessoas", declarou a coordenadora do Unicef para refugiados e imigrantes na Europa, Marie-Pierre Poirier.

Somente na Suécia, o número de menores de idade que estão a sós e que solicitaram asilo neste ano é 24 mil, o que supera o total dos que fizeram o mesmo em toda a Europa em 2015.

O Unicef anunciou que são necessárias medidas especiais para este grupo vulnerável, como a preparação de lugares que possam acolher bebês e crianças pequenas no inverno e evitar que morram pelas baixas temperaturas que se aproximam na Europa.

Também é fundamental que sejam evitadas mudanças repentinas nos procedimentos que são realizadas em fronteiras, acrescentou.

A agência da ONU indicou que são necessários certos serviços e espaços especiais para receber crianças incapacitados e que se faça todo o possível para evitar a separação de crianças e responsáveis.

Isso deve ser complementado por medidas de proteção especial para os menores, a busca de suas famílias e serviços de intérpretes, o que pode ser efetivo na hora de prevenir que as crianças caiam em redes de tráfico de pessoas em seu caminho rumo ao destino final na Europa, indicou o Unicef.

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