Família venezuelana tenta atravessar fronteira brasileira (Ricardo Moraes/Reuters)
EFE
Publicado em 5 de abril de 2019 às 07h16.
Nova York — O Unicef estima que 1,1 milhão de crianças precisarão de proteção e acesso a serviços básicos em 2019 na América Latina e no Caribe devido à crise migratória na Venezuela, tanto os deslocados do país, os que retornam e os que estão em abrigos de passagem.
De acordo com dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância, atualmente cerca de 500 mil crianças necessitam de assistência, então pedem aos governos da região que defendam os direitos desses menores, incluindo migrantes e refugiados.
Segundo seus cálculos, 4,9 milhões de pessoas de toda a região (incluindo Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Peru e Trinidad e Tobago) precisarão de assistência especial este ano por causa das condições políticas e econômicas na Venezuela, que estão provocando uma onda migratória.
Isso faz com que os países de trânsito e recepção sofram uma sobrecarga que dificulta a prestação de serviços essenciais como proteção, saúde e educação.
De acordo com o Unicef, crianças e suas famílias enfrentam dificuldades adicionais quando se trata de regularizar seu status imigratório, algo que pode afetar seu acesso à proteção social, assistência médica, desenvolvimento e educação na primeira infância, e assim por diante.
Por outro lado, a falta de políticas públicas abrangentes nas comunidades de acolhimento sobre questões de migração coloca as crianças em maior risco de discriminação, violência, separação familiar, xenofobia, exploração e abuso.
Além disso, o Unicef pediu US$ 69,5 milhões para atender às necessidades dessas crianças, com as quais procura trabalhar com governos locais e nacionais.