Síria: segundo a ONU, "até 180 mil pessoas" já fugiram da "recente onda de violência" no sul do país (Alaa Al-Faqir/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de julho de 2018 às 15h57.
Beirute - O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informou nesta quinta-feira que 55 mil crianças não têm acesso à assistência humanitária na província de Quneitra, no sul da Síria, enquanto os civis fogem dos bombardeios do governo sírio em uma ofensiva lançada em Deraa.
Antes da reunião que será realizada hoje pelo Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito sírio, o diretor regional do Unicef para o Oriente Médio e o Norte da África, Geert Cappelaere, disse que "até 180 mil pessoas" já fugiram da "recente onda de violência no sul da Síria".
Em comunicado, Cappelaere afirmou que metade desses deslocados são crianças e acrescentou que "muitos desses menores e suas famílias continuam sem assistência básica humanitária".
O diretor do Unicef pediu "um acesso humanitário seguro, incondicional e sem obstáculos" para as "seis milhões de crianças que precisam de assistência" no país árabe, em guerra desde 2011.
"Nos últimos anos, o acesso humanitário foi severamente restringido na Síria. Muitas vidas poderiam ter sido salvas facilmente se fosse permitido o acesso à ajuda humanitária que era necessária", indicou Cappelaere.
As forças leais ao governo sírio e as facções rebeldes que resistiam na província de Quneitra, onde prevalece a calma desde nesta ontem, chegaram a um acordo, informaram hoje veículos de imprensa oficiais sírios.