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União Europeia retoma negociações pela paz no Oriente Médio

O Parlamento Europeu votou resolução declarando apoio ao reconhecimento da Palestina como Estado, desde que seja resultado de diálogo entre as duas partes


	Bandeira da UE: foi submetida, ao Conselho de Segurança ONU, uma proposta de resolução que previa o fim da ocupação de Israel no território da Cisjordânia até o fim de 2017, mas o texto ainda não foi analisado
 (REUTERS/Jon Nazca)

Bandeira da UE: foi submetida, ao Conselho de Segurança ONU, uma proposta de resolução que previa o fim da ocupação de Israel no território da Cisjordânia até o fim de 2017, mas o texto ainda não foi analisado (REUTERS/Jon Nazca)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 15h34.

Copenhague - A chefe da Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, se encontrou hoje (20) com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia, para discutir possíveis avanços no processo de paz entre Israel e Palestina.

Na ocasião, ela enfatizou que “a União Europeia está fortemente comprometida com a busca de uma solução para o conflito”. A reunião foi o primeiro compromisso de uma agenda de dois dias na região, que inclui, também, um encontro com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

O negociador sênior da Palestina, Saeb Erakat, expressou apreço pelo esforço da diplomacia europeia em retomar as negociações pela paz, mas fez questão de enfatizar que “Israel precisa honrar seus compromissos, encerrando as atividades de expansão sobre o território palestino e libertando os prisioneiros”.

“Só assim poderemos retomar as negociações e alcançar a solução de dois estados, de acordo com as fronteiras de 1967”, disse Erakat.

O Estado da Palestina, até 1967, compreendia os territórios da Cisjordânia e Faixa de Gaza, tendo Jerusalém Oriental como capital. Durante a Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou o território da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Em 2005, Gaza foi devolvida aos palestinos, mas boa parte das fronteiras, territórios aéreos e marítimos ainda são controlados por israelenses, o que mantém a região em constante situação de conflito.

No dia 17 de dezembro do ano passado, foi submetida formalmente pela Jordânia, ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), uma proposta de resolução que previa o fim da ocupação de Israel no território da Cisjordânia até o fim de 2017. O texto ainda não foi analisado.

O fracasso nas inúmeras negociações de paz no Oriente Médio tem gerado impaciência entre líderes europeus, que tem se mostrado favoráveis à causa dos palestinos.

No último dia 16 de dezembro, o Parlamento Europeu votou uma resolução declarando seu apoio ao reconhecimento da Palestina como Estado, desde que seja resultado do avanço no diálogo entre as duas partes.

Parlamentos da França, do Reino Unido, da Irlanda, da Espanha e de Portugal aprovaram, no ano passado, moções pelo reconhecimento da Palestina. Em outubro de 2014, a Suécia foi o primeiro país da Europa Ocidental a reconhecer o Estado Palestino.

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