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União Europeia insiste que acordo nuclear com o Irã deve ser preservado

A chefe da diplomacia europeia afirmou que o atual acordo com o Irã está funcionando e que ele previsa ser preservado

Mogherini: a chefa da diplomacia europeia defendeu o acordo feito entre o Irã e o grupo 5+1 em 2015 (Reuters/Reuters)

Mogherini: a chefa da diplomacia europeia defendeu o acordo feito entre o Irã e o grupo 5+1 em 2015 (Reuters/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de abril de 2018 às 10h14.

A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, insistiu nesta terça-feira que o acordo nuclear com o Irã deve ser mantido, um pacto que "está funcionando", depois que o presidente americano, Donald Trump, o chamou de "desastre" e "loucura".

"Sobre o que pode acontecer no futuro, veremos no futuro. Mas há um acordo que existe, que está funcionando e precisa ser preservado", disse Mogherini.

Trump deu um ultimato aos sócios europeus até 12 de maio para endurecer o texto do acordo, que contempla limitações ao programa nuclear iraniano em troca de um alívio às sanções financeira contra Teerã.

Os europeus desejam que o presidente americano, muito crítico em relação ao Irã, não abandone o acordo concluído em 2015 entre Teerã e o grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, China e Rússia).

Em uma reunião na terça-feira entre Trump e o presidente francês Emmanuel Macron na Casa Branca, os dois se mostraram favoráveis a alcançar um "novo acordo" com o Irã. O novo entendimento, segundo Macron, buscaria "completar" o acordo.

"Das palavras do presidente Macron e das posições de todos os europeus, se desprende claramente que o acordo que temos agora - o único existente no momento - está funcionando", declarou Mogherini.

O presidente do Irã, Hassan Rohani, questionou a legitimidade de um eventual novo acordo sobre o programa nuclear iraniano.

A Rússia também expressou o desejo de preservar o acordo, para o qual "não há alternativa", nas palavras do porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov.

"O acordo em seu estado atual é fruto dos esforços diplomáticos de muitos Estados", disse o porta-voz, antes de completar que a pergunta é se "é possível na situação atual refazer um trabalho que tenha tanto êxito".

 

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