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UE debate o que fazer com o orçamento depois da saída do Reino Unido

Líderes dos 27 países membros fazem reunião nesta quinta para discutir o futuro orçamento do bloco

União Europeia: perda de 70 bilhões de euros em sete anos no orçamento sem o Reino Unido (Yves Herman/File Photo/Reuters)

União Europeia: perda de 70 bilhões de euros em sete anos no orçamento sem o Reino Unido (Yves Herman/File Photo/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2020 às 06h29.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2020 às 07h30.

São Paulo — A União Europeia está em uma encruzilhada. Com a saída do Reino Unido do bloco, os 27 países membros agora precisam decidir como ficará o orçamento da entidade sem a contribuição daquele que era um dos seus principais parceiros.

Nesta quinta-feira, 20, os líderes dos bloco estarão em Bruxelas para participar de uma reunião justamente para discutir o orçamento para o período entre 2021 e 2027.

Sozinho, o Reino Unido contribuía com aproximadamente 10 bilhões de euros por ano para a União Europeia, cerca de 12% do orçamento da entidade. Isso significa que a UE terá de definir como vai cobrir uma diferença de 70 bilhões de euros nos sete anos do próximo período orçamentário.

O orçamento da UE passa de 140 bilhões de euros ao ano, mas é pequeno se comparado à economia da região, representando cerca de 1% do Produto Interno Bruto da União Europeia. Ainda assim, sua discussão envolve uma dose de influência e poder político, que estarão em jogo nesta quinta-feira.

De um lado estão países que querem limitar os gastos da UE e mantê-los sob maior controle. De outro, há países que não querem perder os subsídios pagos pela UE para os seus agricultores e também os investimentos em obras de infraestrutura.

Ao mesmo tempo, há uma pressão para que a entidade aumente os gastos dos programas de segurança e de combate ao aquecimento global.

Em entrevista na quarta-feira, 19, a chanceler alemã, Angela Merkel, reconheceu que as negociações do orçamento devem ser “duras e difíceis”.

A Alemanha é o país que mais contribui para o orçamento da UE e tem interesse que o assunto seja resolvido o quanto antes para evitar estender a discussão para o segundo semestre, quando o país vai presidir a União Europeia. Depois do Brexit, a discussão do orçamento deve dominar a agenda na Europa nestes primeiros meses do ano.

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